Quem tem Hulk, fica mais próximo de vitórias e de finais. E nesse enredo o Atlético superou um jogo dificílimo diante da forte marcação do Tombense e saiu com um 2 a 0 no placar pelo duelo de ida da semifinal do Mineiro, no Mineirão.
Sem surpresas, Cuca repetiu o time pela quarta vez seguida. As novidades foram no banco: o lateral Caio Paulista e o atacante Rony ficaram à disposição.
Desde o início, o Atlético procurou caminhos para furar a retranca do Tombense – bem postado atrás da linha da bola. Uma das armas era utilizar do passe em profundidade nas costas da defesa. Cuello era o principal alvo para conseguir superar a última linha do adversário.
Com a posse, faltou velocidade ao Alvinegro. Poucas jogadas de aproximação, de desequilíbrio. Resultou em um Tombense confortável, sem atacar, mas muito sólido na parte defensiva.
De diferente na formação, Scarpa apareceu mais na construção, tentando organizar o ataque. Menino ficou mais solto. A ideia não deu certo. O camisa 10 errou em todas as tentativas na primeira etapa.
Uma das melhores oportunidades foi quando o ataque resolveu pressionar a saída de bola. Menino recebeu com espaço na entrada da área, mas finalizou sem tanta direção. Pouco para o Galo, que teve mais um arremate de fora da área, aos 42 minutos, mas devendo na primeira etapa.
Insatisfeito com o que viu, Cuca tratou de voltar do intervalo com uma troca: Rony na vaga de Rubens. A ideia era dar mais agressividade ao setor, trazer mais problemas ao adversário.
O Atlético voltou mais ligado. Povoou mais gente na primeira linha de ataque, mas ainda com muitos erros.
Aos sete minutos, um lance mudou o enredo do duelo. Após cobrança de escanteio, Cuello ficou caído na área. Após analisar no VAR, o árbitro entendeu que existiu uma falta. Hulk foi para a bola e não desperdiçou. 1 a 0.
O gol mudou a rotação da partida no Mineirão. Deu mais espaço – em ambos os lados – e um confronto mais vistoso de acompanhar.
Quando você tem um jogo burocrático, sem tantos espaços, o jogador diferente precisa aparecer. E assim foi com o Atlético. Hulk posicionou-se para cobrar falta de longe. Soltou o pé e acertou um lindo chute para ampliar. O sétimo do artilheiro do Mineiro.
Tudo ficou mais fácil. Os espaços apareceram. Ao natural, o Atlético criou chances para ampliar a vantagem e ir com a vaga encaminhada. Pecou no detalhe, na finalização.
Quando o coletivo fica devendo, Hulk resolve os problemas para o Atlético. E o hexacampeonato segue com o favoritismo atleticano.