Por Oliveira Lima
É raro um sorteio de fase de grupos, de qualquer competição do futebol, não ter um chamado “grupo da morte”, aquele em que é composto por dois times fortes, do mesmo nível e mais dois complicados, tanto pelo valor técnico ou ambiente, como altitude por exemplo. A divisão por potes é feita para se obter um equilíbrio nos grupos, mas a sorte ou o azar costumam aparecer.
No sorteio desta 2ª feira o equilíbrio se manteve, com a ausência do grupo da morte. Isto quer dizer que quem tiver mais bola vai chegar mais longe, buscando a conquista da Liberta de 24. E o Brasil tem deitado e rolado para cima dos concorrentes. Com o poderio financeiro dos times brasileiros,tem sido impossível qualquer time de outra nação ganhar a Copa Libertadores ultimamente.
Para se ter ideia, nas últimas 14 edições, o Brasil ganhou 10. De 2010 até ano passado, levantaram o caneco: Tetra-brasileiro seguidamente de 2010 à 2013,com Internacional, Santos, Corinthians e Atlético Mineiro. Nos últimos 7 anos, Brasil ganhou simplesmente 6 vezes, começando com o Grêmio em2017, interrompido pelo River em 2018.Atualmente se acumulam 5 conquistas brasileiras: Flamengo em 2019 e 2022, Palmeiras de 2020 e 2021 e o atual, o Fluminense. E tem mais ainda: Das últimas 5 finais, 3 foram entre brasileiros.
São 7 brasileiros nesta fase de grupos, 5 argentinos, 4 chilenos, 3 uruguaios e equatorianos, e 2 peruanos, venezuelanos, bolivianos, colombianos e paraguaios. Dos times brasileiros qualquer um pode ser campeão: Flamengo,, Palmeiras, Atlético Mineiro, Fluminense, Inter, Grêmio e até mesmo o Botafogo(pois ninguém apontava o Fluminense campeão ano passado). Dos 25 times restantes, só um pode ameaçar o domínio brasileiro; o River Plate. Lembrando que o Boca Jrs, vice-campeão do ano passado está na Copa Sul-Americana. Fora isso é uma imensa zebra.
E esse domínio brasileiro tem incomodado e muito os dirigentes da Conmebol. Não à toa marcaram a final única para o Estádio Monumental de Nunez, campo do River Plate, mesmo com torcidas meio a meio. Claramente uma medida para tentar equilibrar a competição. O duro é que na bola o Brasil está bem melhor e o risco é uma final entre times brasileiros em pleno Estádio Monumental de Nunes, para argentino ver.