Por Oliveira Lima
Neste meio de semana começa a Copa do Brasil, a maior competição da América, 92 clubes, e a mais rentável no quesito “premiação direta”, dando ao campeão 96 milhões de reais no final, lá em 10 de novembro. Além da grana alta, o campeão garante vaga direta à Copa Libertadores do ano seguinte. A competição ganhou ares de 2ª mais importante no Brasil faz pouco tempo, pela grana e prestígio. E por fim ela entrou na chamada “cópia” do calendário europeu.
No começo era só mais um torneio da CBF, embora com muitos times, 32 na primeira edição em 1989,, quando o Grêmio foi campeão invicto, com o técnico Claudio Duarte e o hoje técnico Cuca fazendo um dos gols da conquista do tricolor gaúcho. Assis, irmão de Ronaldinho Gaúcho fez o primeiro, com o goleiro Mazaropi fazendo contra para o Sport Recife, o vice-campeão.
Para se ter ideia, a TV só transmitiu este jogo final, assim foram também edições seguintes. Na final de 1996, entre Palmeiras e Cruzeiro, no extinto Parque Antártica, a TV Globo não deu a menor bola. Na última hora o SBT foi quem transmitiu, com narração de Silvio Luiz, comentários de Juarez Soares e reportagens de Luís Ceará. A partir daí é que a competição “pegou” de vez. Mas teve um problema: com o calendário brasileiro muito apertado, como sempre, no período de 2001 a 2012, quem estivesse na Copa Libertadores,, não jogava a Copa do Brasil.
Mas o “salto” financeiro da competição só veio mesmo em 2018, quando o valor para o time campeão só na final passou de 6 milhões para 50 milhões. Nesta edição de 2024, o time campeão vai levar, só na final, 73 milhões, com 2.330% de aumento em uma década, pois o Galo apenas 3 milhões na final. Quanto ao ganho técnico, tudo começou mesmo em 2013, quando os times que jogaram a Libertadores também vieram para a Copa do Brasil. Sendo assim ela saiu da condição de subestimada à queridinha, pela taça e pela grana.