A administração do Anel Rodoviário Celso Mello Azevedo, uma das principais vias de circulação em Belo Horizonte, será oficialmente transferida para a Prefeitura da capital mineira na próxima terça-feira, 3 de junho. A cerimônia de formalização está marcada para as 8h30, em uma área de recuo próxima ao viaduto São Francisco, no bairro de mesmo nome, na região da Pampulha. A solenidade contará com a presença do Ministro dos Transportes, Renan Filho.
A transferência encerra um processo de tratativas técnicas e jurídicas conduzidas entre o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e o governo municipal. Na última semana, o diretor-presidente do Dnit, Fabrício Galvão, e o prefeito Álvaro Damião (União Brasil) já haviam sinalizado que a municipalização da via ocorreria entre o final de maio e o início de junho.
O Anel Rodoviário foi construído no início da década de 1960 com a finalidade de retirar o tráfego de caminhões do centro da cidade. Com o tempo, a expansão urbana fez com que a via ficasse cercada por bairros densamente povoados, transformando-se em uma via urbana com alto volume de veículos. Atualmente, cerca de 130 mil veículos passam pelo local diariamente, segundo dados da prefeitura.
A via possui 26,2 quilômetros de extensão, iniciando no entroncamento das BRs 262 e 381, na região Nordeste da cidade, e terminando no encontro das BRs 040 e 356, no bairro Olhos d’Água, na região Oeste. Ao longo de seu percurso, o Anel cruza importantes avenidas da capital, como Cristiano Machado, Antônio Carlos, Carlos Luz, Pedro II, Amazonas e Via Expressa.
Com a mudança, a responsabilidade sobre a gestão da via passará integralmente para a Prefeitura de Belo Horizonte. O Dnit, no entanto, permanecerá responsável pela execução e financiamento de intervenções estruturais, incluindo obras de duplicação, restauração e melhorias no trecho da BR-381 entre os quilômetros 440,8 e 454,9, dentro do projeto de duplicação do segmento entre Belo Horizonte e Caeté.
O Governo Federal destinará R$ 110 milhões para as obras no Anel Rodoviário, sendo que a primeira etapa, no valor de R$ 50 milhões, prevê intervenções no asfaltamento, sinalização e em outros elementos de infraestrutura. A liberação do valor restante dependerá de aprovação no Congresso Nacional.