A Prefeitura de BH anunciou, nesta terça-feira (26), o reajuste da tarifa de ônibus na capital mineira. A partir das 0h da próxima sexta-feira (29), o valor da passagem passará de R$ 4,50 para R$ 5,25. O aumento é de 16,6%.
A nova tarifa vale para todas as linhas do sistema convencional, incluindo as perimetrais, radiais, semi-expressas, diametrais, troncais e MOVE. Já as linhas circulares e alimentadoras, que hoje custam R$ 4,20, passarão a custar R$ 5,00.
Com relação ao serviço de transporte suplementar, as linhas longas e linhas intermediárias 1 também terão reajuste de R$ 4,20 para R$ 5,00. Já as linhas intermediárias 2 terão o mesmo reajuste anunciado para a tarifa-base do sistema convencional: de R$ 4,50 para R$ 5,25. Já as linhas curtas passam de R$ 2,00 para R$ 2,50. As linhas convencionais que circulam em vilas e favelas continuam com tarifa zero.
Em nota oficial, a Prefeitura de Belo Horizonte minimizou o aumento ao ressaltar que esta é a primeira vez que a tarifa sobe desde 2018. “Este é o primeiro aumento nas passagens desde dezembro de 2018 – quando o valor passou de R$ 4,20 para R$ 4,50”, disse o Executivo municipal.
A prefeitura ignora, no entanto, que a passagem de ônibus na capital mineira passou de R$ 4,50 para R$ 6,00 – um aumento de 33% – entre 23 de abril e 8 de julho deste ano. O valor só voltou ao original após acordo entre a PBH e a Câmara Municipal para que um subsídio de mais de R$ 500 milhões fosse repassado às empresas de ônibus da capital mineira. O Executivo municipal alega que o reajuste para R$ 6,00 foi fruto de uma ordem judicial e não um aumento proposto pela própria prefeitura.
O aumento da tarifa de ônibus foi criticado por entidades de defesa do consumidor e usuários do transporte público. A Associação Brasileira de Defesa do Consumidor (Proteste) disse que o reajuste é “um absurdo” e “vai pesar no orçamento das famílias”. Já o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Belo Horizonte (SetraBH) afirmou que o aumento é necessário para cobrir os custos das empresas.