Os moradores do bairro São João Batista, localizado em Venda Nova, Belo Horizonte, estão preocupados com a interrupção das obras de um reservatório destinado a controlar as águas da chuva. A construção, situada na interseção da avenida João Samaha com a rua Doutora Álvaro Camargos, tinha como objetivo mitigar as enchentes frequentes na região.
A interrupção dos trabalhos trouxe uma série de problemas para a comunidade. Além da poeira que afeta os residentes, a área deixada em aberto, onde as obras estavam sendo realizadas, se tornou um foco de insegurança. Os moradores temem que o local, cercado por tapumes que parecem frágeis, possa ser facilmente invadido.
“Estou aguardando uma solução para essa obra há bastante tempo. Acredito que deveriam acelerar o processo, pois o final do ano se aproxima e, com ele, as chuvas”, comentou Taíuto Machado Chaves, um desenhista aposentado.
Gilberto do Rescosta, soldador, também expressou sua insatisfação: “Essa situação está estagnada há muito tempo. Não sabemos se estamos avançando ou retrocedendo. Está um verdadeiro caos.”
Em resposta às preocupações, a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) explicou, em um comunicado, que a paralisação das obras do reservatório Nado 1 ocorreu devido a dificuldades técnicas. Durante a execução, foram detectados o aumento do nível da água e a instabilidade do solo, levando a SUDECAP a revisar todo o projeto para assegurar sua segurança e viabilidade.
A administração municipal destacou que a primeira fase das obras na Bacia do Córrego do Nado foi concluída em março de 2022, com um investimento em torno de R$ 98 milhões. No entanto, ainda não foi divulgada uma data para a retomada e finalização da fase atual do projeto.