A Prefeitura de Betim ampliou temporariamente o público-alvo da vacina contra a coqueluche. Além das crianças e gestantes, que recebem o imunizante na rotina do Calendário Vacinal, deverão receber uma dose de reforço os trabalhadores que atuam no atendimento a esse público na rede de saúde (incluindo a privada), as doulas e parteiras, e os profissionais que atuam em berçários e creches. A medida segue recomendação do Ministério da Saúde, que vem acompanhando o aumento de casos da doença em diversos países e orientou a intensificação da vacinação para prevenir o surgimento de novos casos no Brasil. Em Betim, a prefeitura disponibiliza os imunizantes em todas as Unidades Básicas de Saúde, de segunda a sexta, das 8h às 17h.
Para os adultos, o imunizante ofertado é a vacina dTpa. O esquema vacinal primário para as crianças é composto por três doses da vacina pentavalente que devem ser recebidas aos 2 meses, aos 4 meses e aos 6 meses de idade. Além disso, dois reforços devem ser tomados aos 15 meses e aos 4 anos com a vacina DTP.
O Ministério da Saúde preconiza como meta 95% de cobertura vacinal para os imunizantes contra a coqueluche. Em Betim, em 2023, a cobertura vacinal da pentavalente para crianças menores de 1 ano foi de 94,09%. Já para as crianças maiores de 1 ano que recebem o imunizante DTP, a cobertura foi de 81,66%. E a cobertura da dTpa para os adultos ficou em 90,42%.
“As crianças e as gestantes não vacinadas são o grupo de maior risco para o desenvolvimento de casos graves da coqueluche. A ampliação do público da vacina tem o objetivo de reduzir a circulação do vírus entre pessoas com maior potencial de transmissão da doença para esse grupos mais vulneráveis”, explica a diretora de Vigilância em Saúde, Fábia Ariane e Fonseca.
*A coqueluche*
A coqueluche ou pertussis é uma infecção respiratória, causada pela bactéria Bordetella Pertussis, que compromete o aparelho respiratório (traquéia e brônquios). A transmissão da doença ocorre, principalmente, pelo contato direto do doente com uma pessoa não vacinada por meio de gotículas eliminadas por tosse, espirro ou até mesmo ao falar.
Na fase inicial da doença, os sintomas podem ser confundidos com uma gripe – febre, coriza, mal-estar e tosse seca. Na fase aguda, os doentes apresentam acessos de tosse seca contínua que são finalizados por inspiração forçada e prolongada, vômitos que provocam dificuldade de beber, comer e respirar. As crianças são as mais propensas a apresentar formas graves da doença, que podem causar desidratação, pneumonia, convulsões, lesão cerebral e levar à morte.