Os eletricitários da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) iniciaram, nesta segunda-feira (7), uma greve por tempo indeterminado. Os manifestantes se concentraram na sede da empresa, em BH, e no interior, como em Divinópolis, Montes Claros, Juiz de Fora, Uberlândia, Ipatinga e Teófilo Otoni.
A paralisação ocorre em protesto contra o que os sindicatos consideram o descumprimento do Acordo Coletivo Específico (ACE) relacionado ao ProSaúde Integrado. Além disso, os trabalhadores reivindicam a manutenção e o cumprimento das cláusulas preexistentes do acordo coletivo.
Entre as principais denúncias feitas pelos sindicatos estão a retirada da contribuição da patrocinadora do plano Cemig Saúde, um reajuste considerado abusivo de 60,5%, pressão para migração dos trabalhadores a planos inferiores e o descumprimento de acordos históricos firmados com a categoria.
Os profissionais alegam que a atual gestão da empresa, sob o governo de Romeu Zema, estaria promovendo um desmonte do plano de saúde, colocando em risco o bem-estar dos trabalhadores e de seus dependentes. A greve segue sem previsão de encerramento.
Conforme o presidente do sindicato, Nilson da Silva Rocha, os eletricitários garantem a continuidade dos serviços essenciais, em conformidade com a legislação vigente. “Mantemos os atendimentos que a lei determina como essenciais, mesmo durante a greve”, afirmou.
O que diz a CEMIG?
Após o início da greve, a Cemig afirmou que está tomando medidas para contornar a situação, de modo a garantir atendimentos aos clientes dentro da normalidade e também negociar com entidades sindicais a respeito das revindicações apresentadas. Confira abaixo a nota completa.
“A Cemig informa que tomou conhecimento do movimento de greve iniciado hoje, dia 07/04, por parte de alguns empregados da companhia e efetivou todas as providências cabíveis e medidas de contingência para que os atendimentos aos clientes sejam realizados dentro da normalidade em todo estado. Desta forma, o movimento grevista não está afetando o fornecimento de energia e o andamento dos trabalhos operacionais da empresa.
Por fim, a Cemig esclarece que, para os temas que ensejaram a greve, a empresa segue em negociação com as entidades sindicais e permanece disponível para quaisquer tratativas“.
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