O iFood reajustou os valores pagos a entregadores vinculados à plataforma, quase um mês após o “breque dos apps” — protesto nacional que exigia melhores condições de trabalho. A taxa mínima por entrega subiu 7,7% para ciclistas (de R$ 6,50 para R$ 7) e 15% para motociclistas e motoristas (de R$ 6,50 para R$ 7,50). A empresa afirmou que os ajustes superam a inflação acumulada de 2024 (4,8%) e destacou que, desde 2021, os reajustes acumulados também ultrapassaram o INPC.
Além do valor base, a plataforma mantém pagamentos adicionais por entregas extras na mesma rota e por quilômetro rodado. Outras mudanças incluem a padronização de rotas para ciclistas, limitadas a até quatro quilômetros em média, e a ampliação do seguro gratuito, que agora cobre incapacidade temporária por 30 dias (antes era 7) e oferece indenização de R$ 120 mil em casos de morte ou invalidez.
O plano também inclui auxílio funeral, suporte emocional e ajuda financeira para educação de filhos até 18 anos. Mulheres têm coberturas adicionais, como auxílio para câncer de mama ou útero e licença para cuidados com filhos doentes.
Protestos de entregadores do iFood
Os ajustes ocorrem após a paralisação de 31 de março, quando entregadores cobravam taxa mínima de R$ 10, aumento do valor por quilômetro de R$ 1,50 para R$ 2,50, limite de três quilômetros para bicicletas e pagamento integral em entregas agrupadas.
Nenhuma dessas demandas foi totalmente atendida. O iFood justificou as mudanças como parte de esforços para “melhorar a experiência” dos trabalhadores, sem mencionar diretamente o protesto.
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