O Palácio da Liberdade, um dos principais patrimônios históricos de Belo Horizonte, passará a receber eventos privados mediante locação de seus espaços. A medida foi formalizada através da Portaria nº 25/2025, publicada na sexta-feira (19) no Diário Oficial de Minas Gerais, e já está em vigor.
De acordo com a Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult), a iniciativa segue a mesma política já adotada em outros equipamentos culturais do estado, como o Palácio das Artes e a Serraria Souza Pinto. Entre os espaços disponíveis para locação estão o alpendre frontal, hall de entrada, escadaria principal, salas rosada e vermelha, cinema, tenda e jardins.
A diversificação no uso do palácio permitirá a realização de eventos como coquetéis, recepções institucionais, workshops, palestras e até celebrações particulares como aniversários. Sessões de fotos para casamentos ou debutantes terão tarifas a partir de R$ 2,5 mil por quatro horas de uso, com horários disponíveis principalmente às segundas e terças-feiras, quando o espaço não está aberto ao público.
Para produções culturais e gravações, os valores variam entre R$ 6,5 mil e R$ 18 mil, dependendo da duração e do espaço utilizado. A Secult reforça que a medida busca ampliar a democratização do acesso ao patrimônio, valorizar a cultura local e garantir sustentabilidade na manutenção do equipamento histórico.
Todos os eventos deverão seguir critérios de ocupação que preservem a integridade do palácio, com isolamento adequado das áreas em uso durante as atividades.
Sobre o Palácio da Liberdade
O Palácio da Liberdade é o antigo local de trabalho do Governador de Minas, agora sediado no Edifício Tiradentes, na Cidade Administrativa. O edifício também foi residência de diversos chefes do Executivo estadual.
Sua pedra fundamental foi lançada em 07 de setembro de 1895 e o início de suas obras data de 25 de novembro do mesmo ano. Inaugurado em 1898, um ano após Belo Horizonte ser emancipada, foi palco de importantes acontecimentos da história do estado.
À época da transferência da capital de Ouro Preto para Belo Horizonte, pensou-se em construir a sede do governo e alguns dos órgãos a ele subordinados em um local privilegiado. Do alto da atual Avenida João Pinheiro, o Palácio da Liberdade permitia vista panorâmica da recém-construída cidade.
Em torno dele, outros edifícios sediavam as secretarias – mas algumas delas chegaram a funcionar dentro do Palácio. As palmeiras imperiais enfileiradas em frente ao portão principal da edificação formam até hoje um corredor que parece querer transportar as pessoas para a construção mais imponente do local.
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