O Governo de Minas Gerais determinou o descarte de 450 toneladas de ovos férteis como medida preventiva após a identificação do vírus da influenza aviária de alta patogenicidade no município de Montenegro, no Rio Grande do Sul, origem da carga. A ação ocorreu no Centro-Oeste mineiro e foi motivada por decisão conjunta da Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento e do Instituto Mineiro de Agropecuária, durante reunião emergencial realizada no sábado, 17 de maio.
Segundo o governo estadual, os ovos descartados não eram destinados ao consumo humano, mas sim à reprodução de aves. O procedimento seguiu diretrizes do Plano de Contingência da Influenza Aviária, estabelecido em 2022, com o objetivo de manter o controle sanitário e evitar a disseminação do vírus em território mineiro.
A localização exata onde o descarte foi realizado não foi divulgada por razões de segurança. As autoridades afirmam que medidas semelhantes poderão ser adotadas se outras cargas forem identificadas com origem em regiões afetadas pela doença.
De acordo com informações oficiais, a gripe aviária não é transmitida pelo consumo de carne ou ovos, mas pode afetar severamente a saúde das aves e causar prejuízos à cadeia produtiva. Minas Gerais é o segundo maior produtor de ovos do país e ocupa o quinto lugar na criação de galináceos.
Em resposta à situação, o estado intensificou ações de vigilância, rastreabilidade e biosseguridade, com fiscalização em granjas, monitoramento de criatórios e campanhas educativas voltadas aos produtores. O Instituto Mineiro de Agropecuária informou que, em 2024, já foram promovidas mais de 8 mil ações com foco em prevenção sanitária.
As autoridades estaduais permanecem em articulação com o Ministério da Agricultura e informaram que novas atualizações serão comunicadas conforme o avanço do monitoramento.