Minas Gerais continua como o estado com maior número de empregadores incluídos na “lista suja” do trabalho escravo no Brasil. A atualização do Cadastro de Empregadores que submeteram trabalhadores a condições análogas à escravidão foi divulgada nesta quarta-feira (9) pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).
Dos 745 nomes listados, 159 estão em Minas Gerais, o que representa 21% do total. No balanço anterior, divulgado em outubro de 2024, o estado já liderava o ranking, com 165 registros, correspondendo a 22% dos casos nacionais.
A lista inclui empregadores tanto pessoas físicas quanto jurídicas, e é atualizada semestralmente. Nesta edição, 155 novos nomes foram adicionados ao cadastro, incluindo 15 por causa de casos comprovados em atividades domésticas. As atividades com maior número de inclusões nesta edição foram criação de bovinos (21), cultivo de café (20), trabalho doméstico (18), produção de carvão vegetal (10) e extração de minerais (7).
Na Região Metropolitana de Belo Horizonte, quatro empregadores foram citados, sendo três incluídos na atualização mais recente. Em todo o estado, 165 casos de trabalho análogo à escravidão foram registrados em 2024, de um total de 727 no país.
A inclusão no cadastro permanece válida por dois anos, conforme portaria vigente. Denúncias podem ser feitas por meio do Sistema Ipê, plataforma digital da Secretaria de Inspeção do Trabalho, lançada em parceria com a Organização Internacional do Trabalho (OIT). O sistema permite o envio remoto e sigiloso dos relatos.