O trânsito nas rodovias que cortam Minas Gerais segue com fluxo normal na manhã desta quinta-feira (4), sem bloqueios ou interdições decorrentes de manifestações. Nesta semana, grupos de caminhoneiros anunciaram uma greve geral na categoria a partir desta data, mas a convocação dividiu o setor com a suspeita de que o ato tenha uso partidário.
Tanto a Polícia Militar Rodoviária (PMRv) quanto a Polícia Rodoviária Federal (PRF) não registraram nenhuma manifestação de motoristas em Minas Gerais até às 11h. As concessionárias das rodovias BR-262, BR-040 e BR-381, que são as principais vias de ligação do estado, não registraram anormalidades.
Possível greve dividiu setor
O desembargador aposentado Sebastião Coelho e o representante da União Brasileira dos Caminhoneiros, Chicão Caminhoneiro, protocolaram uma ação para legalizar o ato. Segundo Chicão, o movimento não teria caráter partidário, e sim uma luta por melhorias para a categoria.
Entre as principais reivindicações estão a estabilidade contratual, o cumprimento das leis trabalhistas, a reformulação do Marco Regulatório do Transporte de Cargas e a garantia de aposentadoria especial após 25 anos de atividade, comprovada por recolhimento ou documentação fiscal.
A convocação foi apoiada por políticos como o senador Cleitinho (Republicanos), que publicou um vídeo em suas redes sociais. “Não sei se todos no Brasil estão aderindo, mas eu como senador deixo total apoio para os caminhoneiros e pedir para que a população possa apoiar os caminhoneiros“
Outros líderes do setor, porém, negam que haja adesão a uma greve de cunho político. Em vídeo divulgado na última segunda-feira (1º), Wallace Landim, o Chorão, presidente da Associação Brasileira dos Condutores de Veículos Automotores (Abrava) e líder da greve de 2018, criticou a tentativa de usar a categoria para fins partidários. Ele admitiu que poderia haver uma paralisação pontual de caminhões de empresários do agronegócio, mas não de motoristas autônomos.
“Quem estiver insatisfeito que vá para a rua fazer seu movimento. Mas usar o transporte rodoviário de cargas, usar o caminhoneiro que sofre tanto para levantar um movimento para defender político A ou político B eu não concordo e não vou compactuar”, concluiu.








