Minas Gerais já ultrapassou, ainda neste mês de julho, o total de vacinas aplicadas em todo o ano de 2024. De acordo com o painel do Ministério da Saúde, foram 11.306.134 doses registradas até o dia 28/7, contra 10.177.630 aplicadas ao longo de todo o ano anterior, considerando todos os imunizantes e faixas etárias.
O bom resultado também passa pelo envolvimento da população. A secretária escolar Paula Diniz aproveitou o recesso para atualizar a caderneta dela e da filha, Maria Eduarda. “Ela tomou a vacina contra a gripe e eu, a DTPa. É importante acompanhar as campanhas e manter tudo em dia“, comenta.
Mãe de Renan, de 7 meses de idade, Ingrid Souza mantém o cartão atualizado e compartilha as decisões com a pediatra. “Com essa fase em que ele coloca tudo na boca, vacinar é essencial“, aponta.
Vacimóveis em Minas

Segundo o governo, a alta expressiva nas aplicações é resultado de investimentos da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG). Desde 2023, o governo estadual já destinou R$ 165 milhões a iniciativas para ampliar a cobertura vacinal em escolas, creches, empresas, shoppings e outros locais de grande circulação.
Já há 231 vacimóveis, veículos equipados que funcionam como unidades itinerantes de vacinação, em circulação no estado, responsáveis pela aplicação de mais de 204 mil doses em 240 municípios mineiros.
“Com os vacimóveis, conseguimos chegar em áreas de difícil acesso e alcançar públicos que não costumam frequentar unidades de saúde. É uma ação que faz a diferença“, explica o secretário de Estado de Saúde, Fábio Baccheretti. Ele também atribui as melhorias nos indicadores de imunização à parceria com as prefeituras.
Aumento na cobertura vacinal no estado
No primeiro semestre de 2025, o estado já atingiu 92,79% de cobertura para a BCG, superando a média nacional, de 89,06%. Em Belo Horizonte, a cobertura chegou a 90,14%. A capital também vem ampliando o acesso com estratégias como vacinação em empresas, escolas e grandes centros comerciais.
“Saímos de coberturas em torno de 70% para patamares entre 80% e 85%, graças às estratégias descentralizadas“, explica Paulo Roberto Lopes Corrêa, diretor de Promoção à Saúde e Vigilância Epidemiológica da Secretaria Municipal de Saúde da capital mineira. Ele, no entanto, alerta. “Doenças que estavam sob controle, como sarampo, coqueluche e poliomielite, voltaram a circular em algumas regiões. Manter altas coberturas é essencial para evitar surtos“.
Para coordenar e monitorar esse conjunto de ações, foi criado em 2024 o Programa Mineiro de Imunizações (PMI), aprovado pela Comissão Intergestores Bipartite do Sistema Único de Saúde (SUS). Alinhado ao Programa Nacional de Imunizações (PNI), o PMI define responsabilidades, metas e indicadores para os municípios.
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