Marcelo José Moraes Pinto, de 54 anos, conhecido como ‘Bozó’ foi levado da penitenciária Bangu 3, no Rio de Janeiro, para o Presídio de Segurança Máxima Francisco Sá, localizado no Norte de Minas Gerais. A transferência ocorreu na tarde de terça-feira, 16 de dezembro, sob condição de sigilo por questões de segurança, atendendo a uma ordem do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro.
O detento é identificado por órgãos de segurança como a liderança do Comando Vermelho no sistema prisional de Minas Gerais. Natural de Juiz de Fora, o homem apresenta registros em sistemas policiais desde 1997 e possui penas que totalizam 41 anos, nove meses e 25 dias de reclusão. No estado mineiro, ele possui a classificação R5, o mais alto nível de periculosidade.
Relatos de inteligência indicam que o detento exercia o controle de esquemas de tráfico de entorpecentes dentro da prisão, com o recebimento de cocaína de fornecedores do Mato Grosso e do Tocantins. Os valores de aquisição da substância ficavam entre 15 mil e 25 mil reais por quilo, sendo comercializados posteriormente por quantias de até 80 mil reais.
As apurações mostram que ele também criou um método para o registro de novos componentes na organização. O processo consistia na conferência de dados como nome, apelido, cidade e quem indicou o ingresso no grupo para a validação por parte de Marcelo. Enquanto Marcelo José Moraes Pinto é apontado como o responsável pela facção no interior dos presídios, Anderson Ferreira Santos é indicado como o gestor das atividades da mesma organização fora do ambiente de detenção.






