Um estudo realizado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) em parceria com o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) revelou que o custo da cesta básica registrou redução em 22 das 27 capitais brasileiras entre agosto e setembro. A informação foi divulgada na quarta-feira, 8 de outubro.
As maiores diminuições foram observadas em Fortaleza (-6,31%), Palmas (-5,91%), Rio Branco (-3,16%), São Luís (-3,15%) e Teresina (-2,63%). Segundo as instituições, essa queda nos preços dos alimentos essenciais é resultado de uma melhora na oferta de determinados produtos e do alívio das pressões inflacionárias que impactaram o consumo das famílias.
As capitais das regiões Norte e Nordeste apresentaram os menores valores médios da cesta básica, que contém composições de produtos variadas. Aracaju liderou com um custo de R$ 552,65, seguida por Maceió (R$ 593,17), Salvador (R$ 601,74), Natal (R$ 610,27) e João Pessoa (R$ 610,93). Por outro lado, São Paulo teve o maior preço médio, com a cesta básica custando R$ 842,26 em setembro.
Entretanto, ao analisar os últimos 12 meses, os preços mostraram um aumento, com Belém, no Pará, registrando 3,87% e Recife, em Pernambuco, 15%. Em setembro de 2025, um trabalhador brasileiro precisou, em média, de 99 horas e 53 minutos para adquirir os itens da cesta básica nas 27 capitais, uma redução em relação às 101 horas e 31 minutos de agosto.
Além disso, ao comparar com o mesmo período do ano anterior, para as 17 capitais que possuem dados históricos completos, o tempo médio necessário era ainda maior, totalizando 102 horas e 20 minutos. Quando se analisa o custo da cesta básica em relação ao salário mínimo líquido, a pesquisa indica que, em setembro de 2025, um trabalhador que recebe o salário mínimo destinou aproximadamente 49,09% de sua renda para a compra de alimentos essenciais, uma leve queda em relação aos 49,89% de agosto. No mesmo mês do ano anterior, essa porcentagem era de 50,29%.