A Embaixada do Brasil em Tel Aviv começou a identificar cidadãos brasileiros que querem sair de Israel, em resposta ao agravamento das tensões com o Irã. O comunicado, divulgado na quinta-feira (19), ocorre em meio ao aumento dos bombardeios na região e ao fechamento do espaço aéreo israelense, o que torna a evacuação de civis mais complicada.
Em uma mensagem nas redes sociais, a embaixada recomenda que brasileiros que residem ou estão temporariamente em Israel preencham um formulário online, o que poderá facilitar uma futura operação de evacuação. Essa identificação é destinada apenas a quem deseja deixar o país neste momento.
Apesar das tentativas de mediação, ainda não há previsão para uma operação de repatriação ou resgate dos brasileiros. A Força Aérea Brasileira (FAB) já comunicou ao Congresso Nacional que está preparada para agir, caso receba a autorização do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A coordenação de uma possível operação ficará a cargo dos ministérios das Relações Exteriores e da Defesa.
Enquanto isso, prefeitos e outras autoridades brasileiras que estavam em Israel conseguiram deixar o país por meio de rotas alternativas, com a ajuda das embaixadas em Tel Aviv, Amã e Riade, após negociações com os governos de Israel, Jordânia e Arábia Saudita.
De acordo com informações do Ministério das Relações Exteriores atualizadas em 2023, cerca de 14 mil brasileiros residiam em Israel. Esse número pode ter variado nos últimos meses, uma vez que o governo federal já conduziu operações de repatriação desde o início do conflito entre Israel e o grupo Hamas em outubro do ano passado.
O Itamaraty mantém um alerta consular ativo, desaconselhando viagens a Israel e ao Irã. Para os brasileiros que já estão nesses países, a recomendação é evitar sair de casa a menos que seja seguro, manter a documentação em dia e seguir rigorosamente as instruções das autoridades locais e das representações diplomáticas.