Por Oliveira Lima
Não demorou muito mas o Galo teve que sofrer até voltar ao ponto inicial de todas as sua negociações e fechar com o argentino Jorge Sampaoli, justamente o primeiro nome da lista e de inicio de negociações. Ele foi o ponto inicial, mas a própria direção atleticana estava dividida, por conta da sua passagem, em 2020, e por isso mesmo não deu sequência à c0nversa.
Os mandatários do clube tiveram que ir forte ao mercado estrangeiro, pois ficou claro que não queriam, e nem tinha ninguém, aqui no Brasil que lhes interessavam. o nome mais desejado era o do português Carlos Carbajal, que respondeu negativamente pela 5ª vez ao Atlético. Seguiram-se mais dois portugueses e nada: Pedro Caixinha e o outro Pedro, o Martins. E por último mais um argentino, Martín Anselmi, que acertou tudo e na hora de assinar, recuou.
E não tinha mais ninguém na lisa dos Menin. Com o tempo expirando, a saída foi voltar à Jorge Sampaoli, desempregado e residente em Búzios, desde que foi demitido do Rennes da França, onde ficou apenas 10 jogos. E todos os motivos levaram o Galo a contratá-lo: Já conhece o clube, pois passou aqui em 2020, sendo campeão mineiro e ficou com o 3º lugar no Brasileirão, com uma ela campanha numa época da pandemia do Covid-19, sem torcida nos estádios.
E porque o Galo não o contratou na primeira investida? Havia rejeição por parte da diretoria pelo “jeito de ser” do treinador argentino. Na sua passagem no clube em 2020, se entrincheirou entre seu pares e não conversava com mais ninguém, direção, jogadores e ouros membros da comissão técnica, desde que fosse brasileiros. Reclamava de todos e de tudo, um inferno, além de pedir reforços caros todos os dias.
Agora, mudou muita coisa. O clube é SAF e os donos não estão lá no CT e nem na Sede. Existem só dois diretores, Victor Baggi e Paulo Braaks e além do mais Sampaoli, garantem, evoluiu com relação ao convívio humano e agora não poderá pedir reforços, pois a janela de contratações fechou. Sendo assim, ele era mesmo o mais indicado para o momento do clube e time.
Sem tempo para treinar e com decisões à vista, a primeira contra o Cruzeiro e depois os dois jogos contra o Bolívar pela Sula e a obrigação de reagir no Brasileirão, num escasso prazo de 23 dias e 8 jogos, o argentino tem que dar resultado imediato, o que era impossível para um outro treinador estrangeiro. Foi a tacada certa da direção, pois os dois estão em baixa no momento: time mal e pressionado por todos os lados e competições e o treinador com resultados ruins nos seus últimos trabalhos. A contratação dele é muito boa para os dois: Galo e Sampaoli.