O republicano Donald Trump foi declarado vencedor das eleições presidenciais americanas ao ultrapassar a candidata democrata Kamala Harris, sendo apontado pelos principais veículos de imprensa como presidente eleito após conquistar o estado de Wisconsin. Com essa vitória, Trump atingiu 277 delegados no Colégio Eleitoral, superando os 270 necessários e tornando-se o segundo presidente dos EUA a conquistar mandatos não consecutivos.

Em seu discurso em West Palm Beach, na Flórida, antes mesmo da confirmação oficial, Trump agradeceu aos eleitores e se comprometeu a “curar o país”, destacando a intenção de restaurar a “força, segurança e prosperidade” para a América. Chamando o dia de sua vitória de um marco para a “recuperação do controle do país pelo povo americano”, o republicano enfatizou que sua missão seria proporcionar uma nova “era de ouro” para o país. Ele também expressou gratidão a Elon Musk, a quem considerou para um cargo em seu governo.

O retorno de Trump ao cenário político trouxe foco a temas como a economia e segurança, bem como críticas à gestão de Joe Biden. Trump construiu a base de sua campanha sobre uma visão nostálgica de seus quatro anos na Casa Branca e questões sobre o processo eleitoral. Durante a campanha, ele relembrou um atentado ocorrido em julho, que ele afirmou ter sobrevivido para cumprir sua missão de “salvar a América”.

Paralelamente, o Partido Republicano garantiu o controle do Senado, reforçando o poder do partido no Congresso. O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, foi o primeiro líder internacional a parabenizar Trump.

Ao longo das últimas décadas, Trump consolidou sua imagem tanto no mundo dos negócios quanto na política americana. O empresário, que iniciou sua trajetória em Nova York, com destaque no setor imobiliário, construiu uma imagem pública marcada por aparições na mídia e, eventualmente, no reality show em que popularizou a frase “você está demitido!”. Em sua trajetória política, teve desde os anos 1980 um interesse crescente por temas como a redução do déficit fiscal e questões nucleares, e ao longo dos anos desenvolveu alianças políticas de diversos espectros, o que contribuiu para sua atuação como figura de influência na política dos EUA.