A Polícia Civil indiciou seis pessoas por transfobia após uma série de ataques cometidos contra travestis que trabalhavam em Contagem, na Grande BH. De acordo com a corporação, os crimes foram registrados em vídeos que foram compartilhados nas redes sociais, gerando grande repercussão.
Os ataques eram realizados por três casais que saíam à noite em motocicletas. Um dos casais foi identificado como o mentor das ações. Durante os ataques, o grupo abordava as vítimas, ridicularizava suas identidades e usava extintores de incêndio para lançar pó químico em seus rostos.
Em um dos vídeos, o suposto líder do grupo afirmava que o objetivo das ações era “impor respeito”. Outro indiciado ironizou a agressão, dizendo que estava “apagando o fogo” das travestis, que trabalhavam como garotas de programa.
Grupo indiciado na Grande BH fazia ‘rolezinho’ do grau
A PCMG revelou que um dos extintores usados nos crimes havia sido furtado, o que agravou as acusações. Além disso, o grupo publicava vídeos nas redes sociais exibindo motocicletas de luxo e realizando manobras perigosas conhecidas como “grau”.
Os seis investigados foram indiciados por injúria transfóbica, conforme a Lei 7716/89, com pena de até cinco anos; furto qualificado, com pena de até oito anos; associação criminosa, com pena de até três anos; além de outros crimes de trânsito, como direção perigosa, dirigir sem habilitação e confiar veículo a pessoa não habilitada.
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