O corpo da advogada criminalista Kamila Cristina Rodrigues dos Santos, de 32 anos, assassinada a tiros na manhã desta segunda-feira (22), em BH, foi velado e sepultado no Cemitério da Paz. A cerimônia começou na manhã e o sepultamento ocorreu por volta das 14h30.
Até o momento, nenhum suspeito foi preso. A polícia investiga a descoberta de um veículo incendiado em área de difícil acesso da cidade, que pode ser o mesmo utilizado pelos autores do crime.
Em suas redes sociais, Kamila havia publicado recentemente um vídeo em que afirmava estar “em guerra” e que não se intimidaria com ameaças. A Ordem dos Advogados do Brasil – Seção Minas Gerais (OAB-MG) emitiu nota lamentando o assassinato e classificando o crime como “uma afronta à advocacia e ao Estado Democrático de Direito”.
O que se sabe sobre assassinato de advogada em BH?
Kamila foi atingida em frente ao veículo de uma distribuidora que mantinha com o namorado, estacionado na rua onde residia. Imagens de segurança mostram que o atirador desceu do banco do passageiro de um carro prata, efetuou os disparos e fugiu no sentido do Anel Rodoviário, dirigido por um comparsa.
A vítima atuava desde 2019 nas áreas Criminal, Direito Civil, Família e Trabalhista, segundo informações nas redes sociais. Ela é formada pela Escola Superior Dom Helder Câmara, e tinha pós-graduação em Direito Processual Civil pela Faculdade Líbano. Além disso, Kamila era mestranda em Direito pela Fundação Universitária Iberoamericana (Funiber) e estava cursando Ciências Contábeis.
A Ordem dos Advogados do Brasil classificou o crime como ‘ataque covarde’ e ressaltou a necessidade de discutir medidas de segurança para que profissionais possam exercer sua função sem medo.
“É indispensável cobrar do Legislativo a aprovação de projetos que tornem hediondos os crimes cometidos contra advogados. A advocacia não se intimida. Exigimos punições mais severas e condições reais de proteção para quem defende direitos, garantias e a justiça. Esse debate passa, inclusive, pela isonomia com o Ministério Público e a Magistratura no porte de armas, garantindo que também a Advocacia tenha o direito de defesa diante da escalada de violência”, destacou.
O corpo da advogada foi encaminhado ao Instituto Médico-Legal de BH para exames. A Polícia Civil investiga o caso, mas ainda não há informações sobre autoria ou motivação do crime.
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