Um aluno de nove anos agrediu uma professora na cidade de Timóteo, no Vale do Aço de Minas. O caso aconteceu no dia 11 de setembro e repercutiu após a mãe filmar a criança no banco de trás da viatura da Polícia Militar.
A corporação esclareceu que apenas acolheu o estudante, diagnosticado com Transtorno do Espectro Autista (TEA), até a chegada dos pais, que os encaminharam para o Conselho Tutelar. A PM ainda disse que os direitos da criança e dos demais alunos foram preservados para resguardar a integridade física.
Segundo a genitora, ela disse que era um ‘absurdo’ o diretor da instituição optar por chamar a PM em vez de resolver a situação entrando em contato com ela ou com o pai.
Segundo o boletim de ocorrência, a professora relatou aos militares que o menino se recusou a obedecê-la após pedir para não sentar no lugar de outro colega de sala e explicou para o menino que aquele momento não era para realizar atividade em dupla. Mesmo assim, a criança permaneceu no local, a segurou pelos dois braços e tentou jogá-la ao chão, além de desferir chutes e socos.
O que diz a PM sobre o caso no interior de Minas?
Através de nota, o 58º Batalhão de Polícia Militar confirmou o acionamento e que apenas acolheu a criança até a chegada dos pais.
“A Polícia Militar foi acionada pela direção de uma escola municipal na cidade de Timóteo para atendimento de ocorrência de agressão física de um aluno contra uma professora. Uma viatura se deslocou até o local e, para resguardar a integridade do estudante de 09 anos e dos demais alunos, ele foi acomodado no banco traseiro do veículo policial até a chegada de seus pais à escola, o que ocorreu em poucos instantes.
A integridade e os direitos da criança foram preservados, e ela foi encaminhada juntamente com seus pais ao Conselho Tutelar para as providências pertinentes, conforme protocolo institucional. A Polícia Militar reafirma seu compromisso de agir com responsabilidade e amparo legal na proteção de crianças, adolescentes e da comunidade.”
Prefeito estuda medidas para crianças atípicas
Já o prefeito de Timóteo, Vitor Prado (Republicanos), disse que a professora precisou intervir numa situação. “Ao ver que o diretor estava sendo chamado, reagiu, ficou realmente mais agressivo, estou dizendo agressivo no sentido de reação. E aí foram feitas ligações para o Conselho Tutelar, que não atendeu, e então a Polícia Militar, que atende pelo 190, foi acionada e compareceu ao local. A PM tem os procedimentos dela e é lógico, temos que respeitar e entender que policiais ainda não estão treinados adequadamente de forma a atender esse tipo de ocorrência, que é um fato novo”, disse em coletiva.
O prefeito ainda disse que o governo estuda medidas para estruturar e poder atender melhor famílias de crianças e adolescentes atípicas, tanto no ambiente escolar, quanto fora dele, como capacitação de professores e assistentes de educação.
A secretária de Educação, Cultura, Esporte e Lazer, France-Jane Pereira, afirmou que o governo é “extremamente contrário a qualquer tipo de desrespeito, não só às crianças atípicas, como às típicas também”.
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