O bombeiro militar da reserva Naire Assis Ribeiro foi condenado nesta segunda-feira (14) a 17 anos de prisão por matar o policial penal Wallysson Alves dos Santos Guedes, em fevereiro de 2024, em BH. O crime aconteceu em um bar no bairro Santa Tereza, na região Leste da capital.
O Tribunal do Júri considerou o militar culpado por homicídio duplamente qualificado: por motivo torpe e por ter usado recurso que impossibilitou a defesa da vítima. O conselho de sentença, no entanto, absolveu o réu da acusação de discriminação racial. A defesa pode recorrer da decisão.
Segundo a denúncia do Ministério Público, o crime teve início com uma discussão entre os dois no bar. O bombeiro teria questionado a identificação de Guedes, que era negro, como policial. Inconformado, o autor do crime saiu do estabelecimento.
As gravações de chamadas ao 190, obtidas pela promotoria, revelam que Ribeiro ligou para a polícia referindo-se a Guedes como um “negro” e um “haitiano” que afirmava fazer parte da segurança pública. Como a Polícia Militar não se deslocou ao local, Ribeiro voltou ao bar armado.
Durante o julgamento, o réu afirmou que atirou após ver a vítima sacar uma arma e que pretendia se entregar posteriormente. Porém, foi preso em casa antes disso. O Ministério Público sustentou que os disparos de Naire – que colocaram outros frequentadores em risco – foram realizados de forma a impedir qualquer reação da vítima.
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