Cinco pessoas foram detidas nesta segunda-feira (4) enquanto seguiam em direção a Belo Horizonte, suspeitas de envolvimento em um esquema de repasse de dinheiro falso em estabelecimentos comerciais da cidade de Congonhas, na região Central de Minas Gerais. A abordagem foi feita pela Polícia Militar na BR-040, após denúncias de comerciantes que identificaram notas de R$ 200 falsas sendo utilizadas em compras recentes.
Entre os detidos estão dois homens, de 24 e 30 anos, uma mulher de 20 anos e duas adolescentes, de 16 e 17 anos. Conforme informações repassadas pelos militares, o grupo atuava principalmente em cidades do interior e utilizava adolescentes para efetuar as trocas e pagamentos com as cédulas falsas. Vários comerciantes relataram tentativas semelhantes de golpe no mesmo dia, o que motivou a investigação.
Durante a abordagem na rodovia, os ocupantes do veículo tentaram se desfazer de um envelope, que foi posteriormente recolhido e continha 46 cédulas falsas de R$ 200. No interior do carro, os policiais encontraram mais duas notas falsas, uma touca tipo balaclava, produtos alimentícios e de vestuário, além de R$ 4.708 em dinheiro legítimo. Segundo os militares, os itens provavelmente foram adquiridos com as notas falsificadas.
Um dos homens presos confessou que ele e o comparsa saíam de Belo Horizonte com o objetivo de circular notas falsas em cidades menores. Ele também afirmou que mulheres, especialmente adolescentes, eram recrutadas para facilitar o golpe, por serem menos suspeitas aos olhos dos comerciantes. A mulher de 20 anos confirmou que já havia ido duas vezes a Congonhas e relatou que chegou a lucrar até R$ 10 mil em cada viagem.
Os três adultos foram autuados por organização criminosa, corrupção de menores e circulação de moeda falsa. As adolescentes foram apreendidas e acompanhadas por um representante do Conselho Tutelar. O grupo, juntamente com o material recolhido, foi encaminhado à Delegacia da Polícia Civil, e o carro utilizado na ação foi levado para um pátio credenciado. A investigação continua para apurar a possível participação do grupo em outros casos semelhantes.