Uma ex-funcionária de 34 anos foi indiciada pela Polícia Civil pela morte de dez gatos envenenados no abrigo de uma ONG no bairro Carlos Prates, em BH. O crime ocorreu em fevereiro deste ano, quando a mulher teria colocado veneno em alimentos dos animais. A acusada limpava o local, mas mantinha vínculo como voluntária e foi demitida após a suspeita.
A investigação, conduzida pela Delegacia Especializada em Crimes Contra a Fauna, constatou que os felinos apresentaram sintomas de envenenamento logo após uma das visitas da suspeita ao local. Vômitos foram encontrados próximos aos corpos, e exames laboratoriais confirmaram a presença de substâncias tóxicas em restos de alimentos.
Na época, a ONG denunciou o crime nas redes sociais mostrando imagens dos animais que foram assassinados.
“É difícil acreditar em tamanha crueldade. Estamos atônitas, desesperadas, em frangalhos. Vamos precisar de muita ajuda e muita força, pra que quem quer que tenha feito isso não saia impune e pra evitar que isso aconteça novamente”, disse a associação em um post no Instagram.
Dez animais não resistiram, enquanto outros dois foram resgatados com vida e levados a uma clínica veterinária, onde um permanecia em estado grave.
Mulher indiciada em BH pode ficar até 5 anos presa
O caso foi enquadrado no artigo 32 da Lei de Crimes Ambientais (9.605/98), que prevê reclusão de dois a cinco anos, multa e proibição da guarda de animais.
A ONG BastAdotar, que abriga cerca de 100 gatos e 20 cães, nunca havia sofrido ameaças diretas, mas já recebia denúncias anônimas atribuídas a possíveis funcionários insatisfeitos. O inquérito foi encaminhado à Justiça.