A Polícia Civil de Minas Gerais indiciou dois funcionários do Rei do Pastel, de 20 e 27 anos, pelo assassinato de Alice Martins Alves, mulher trans de 33 anos que morreu após ser espancada na Savassi, em Belo Horizonte, no último dia 23 de outubro.
O inquérito foi concluído e enviado à Justiça com pedido de prisão preventiva, mas o pedido foi negado sob o argumento de que, no momento da solicitação, não ficou comprovado o nexo entre as lesões e o óbito.
De acordo com a delegada Iara França, do Departamento de Homicídios, o estopim da agressão foi uma dívida de R$ 22, mas a motivação transfóbica teria tornado o espancamento mais brutal. Os dois suspeitos confirmaram que estavam no local e reconheceram suas vozes em áudios apreendidos, mas alegaram que a vítima teria se jogado no chão e tentado agredi-los.
A versão foi desmentida pela polícia, que destacou a superioridade numérica e física dos agressores e a ausência de ferimentos neles. As agressões só terminaram quando um motociclista interviu e acionou o socorro. A vítima sofreu fraturas nas costelas, perfuração intestinal e outros ferimentos que levaram à sua morte no dia 9 de novembro.
A investigação apontou que a briga começou por conta de R$ 2,10 referentes a gorjeta que deixou de ser paga. Não há indícios de participação de outros funcionários, gerentes ou do proprietário da lanchonete. O suspeito mais velho tem passagem por roubo e uso de drogas.
Em nota publicada em novembro, o Rei do Pastel informou que está à disposição das autoridades desde o início das investigações. O inquérito foi encaminhado para a Justiça.
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