O influenciador digital Lohan Ramires, de 32 anos, natural de Uberlândia, no Triângulo Mineiro, foi preso em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos após uma megaoperação das forças de segurança. Com mais de 600 mil seguidores nas redes sociais, ele era considerado foragido da Justiça brasileira e integrava a lista de procurados da Interpol.
Condenado a mais de 23 anos de prisão por crimes como tráfico de drogas, associação criminosa, lavagem de dinheiro e falsidade ideológica, o influenciador foi detido durante tentativa de renovar seu passaporte. As penas já transitam em julgado, não cabendo mais recursos.
As investigações revelaram que Lohan ostentava estilo de vida luxuoso nos Emirados Árabes, compartilhando imagens em lanchas e carros de luxo enquanto se apresentava como dono da empresa Lohan’s Hair, do ramo de beleza.
Influencer preso em Dubai foi alvo de três operações
O caso foi apurado por meio das operações Diamante de Vidro, Má Influência e Erínias, conduzidas pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) do Ministério Público de Minas Gerais. Durante as investigações, foram apreendidos veículos de luxo avaliados em mais de R$ 800 mil.
Os trâmites para extradição do influenciador já estão em andamento. Após retornar ao Brasil, ele cumprirá as penas determinadas pela Justiça brasileira. Lohan ainda responde a outros processos criminais em Uberlândia.
Em agosto de 2023, em entrevista à Record, Lohan disse que as acusações contra ele “são gravíssimas” e negou que tenha qualquer tipo de associação com o crime. Ele ainda disse que os recursos foram provenientes de algumas barbearias que ele abriu. Porém, ele admitiu que não declarou os rendimentos à Receita Federal e por isso estaria sendo acusado de enriquecimento ilícito.
“A localização e a prisão do foragido foram possíveis após trabalho de inteligência conduzido pelo MPMG, por meio da Secretaria de Assuntos Internacionais (SAI), do Gabinete de Segurança e Inteligência (GSI), da Secretaria-Geral da Procuradoria-Geral de Justiça e do Gaeco Uberlândia, pela Polícia Civil, por meio do Setor de Inteligência da Coordenadoria de Operações Estratégicas (COE) e da Agência de Inteligência do 9º Departamento de Uberlândia, pela Diretoria de Operações Integradas e de Inteligência (Diopi) da PF e pela Interpol”, diz o Ministério Público.
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