O médico Danilo Costa foi condenado nesta terça-feira (22) a 43 anos de prisão por crimes sexuais cometidos contra seis mulheres, entre pacientes e funcionárias de um hospital em Itabira, na região Central de Minas Gerais. A decisão do Tribunal de Justiça de Minas Gerais também impôs o pagamento de R$ 1,3 milhão em indenizações por danos morais às vítimas, com valores que variam entre R$ 100 mil e R$ 400 mil. A Justiça determinou que o réu não poderá recorrer em liberdade.
Segundo a investigação conduzida pela Polícia Civil, os crimes ocorreram dentro do hospital onde Costa trabalhava, geralmente em momentos de menor movimentação e sem a presença de testemunhas. O médico teria se aproveitado de situações em que as vítimas estavam sozinhas, atuando de forma recorrente nos corredores, escadas e consultórios da unidade.
O Ministério Público argumentou que o condenado se utilizava da vulnerabilidade das vítimas, tanto pacientes quanto profissionais de saúde, para cometer os abusos. A juíza responsável pela sentença, Dayane Rey Silva, classificou a conduta do médico como “extremamente reprovável” e destacou os efeitos físicos e psicológicos nas vítimas, ressaltando a necessidade de acompanhamento médico e psicológico contínuo.
Danilo Costa está preso preventivamente desde 4 de fevereiro deste ano, após ter sido formalmente indiciado por estupro, importunação sexual, violação sexual mediante fraude e assédio sexual. Ao todo, mais de dez mulheres o denunciaram, e o Ministério Público indicou que há outras denúncias em apuração que podem resultar na abertura de novos processos.
A defesa do médico informou que o caso corre em segredo de Justiça e preferiu não comentar a sentença. Costa nega todas as acusações. A promotoria já manifestou intenção de recorrer da decisão para pedir o aumento da pena. Já a advogada de três das vítimas declarou que a condenação representa um sentimento de justiça para as mulheres envolvidas.