A Polícia Militar de Governador Valadares, localizada no Vale do Rio Doce, está realizando operações para encontrar uma mulher que está desaparecida desde a última sexta-feira (29). O sumiço ocorreu após ela compartilhar vídeos em suas redes sociais nos quais faz ameaças de violência contra seus filhos, incluindo uma declaração perturbadora sobre a possibilidade de matar sua filha mais velha. As crianças têm três anos, um ano e três meses.
O pai de dois dos filhos da mulher contatou a polícia, demonstrando preocupação com a segurança das crianças. Ele relatou que já havia encontrado os filhos com marcas de maus-tratos e que presenciou agressões por parte da ex-companheira.
Após a denúncia, os policiais se dirigiram à casa da avó da mulher. A idosa informou que a mãe das crianças saiu por volta das 23h30 na sexta-feira, algumas horas depois de publicar os vídeos no Instagram. Ela tentou entrar em contato com a neta, mas não obteve sucesso.
Durante a conversa com os policiais, a avó tentou minimizar as ameaças, dizendo que a neta costuma fazer postagens nas redes sociais, mas que “nunca fez nada contra as crianças”.
Após a visita à avó, os agentes seguiram até a residência de uma prima da suspeita. A jovem confirmou que a mulher e os filhos passaram a noite ali, mas não tinha notícias desde que saíram às 13h do sábado (30).
Enquanto as buscas continuavam, o pai da terceira criança informou à PM que conseguiu trocar mensagens com a ex-namorada pelo WhatsApp. Segundo ele, ela afirmou que estava indo para o Rio de Janeiro com os filhos. Assim como o outro pai, ele também relatou ter testemunhado a mulher agredindo as crianças, lançando objetos como copos e chinelos e desferindo tapas.
Os vídeos publicados no Instagram mostram a mulher reclamando da falta de pensão alimentícia dos pais das crianças e da dificuldade em comprar leite para elas. Ao fundo, é possível ouvir os lamentos dos pequenos.
Em uma das gravações, ela faz uma ameaça de morte à sua filha mais velha, dizendo: “Eu vou matar essa menina e colocar dentro de uma panela de pressão. Esquartejar ela e jogar na panela e depois jogar no mato. Bater não está adiantando”.
A mulher também expressou o desejo de arremessar os filhos contra a parede e enforcá-los para que parem de chorar. “Eu já bati a cabeça dela na parede hoje pra ela aprender, nunca vi uma menina tão difícil”, afirmou.