Marco Aurélio da Silva Aires, de 51 anos, pastor de uma igreja evangélica no Jardim Vitória, região Nordeste de BH, foi indiciado por assédio sexual e estupro após denúncias de sete mulheres. De acordo com a Polícia Civil, os crimes ocorreram entre 2003 e 2023, muitos dentro da própria igreja, antes ou depois de cultos.
De acordo com as delegadas Juliana Califf e Larissa Mascotte, o suspeito usava versículos bíblicos para coagir as vítimas, ameaçando-as com “maldições” caso se recusassem a seus avanços. Ele também manipulava as mulheres, criando conflitos entre elas para evitar que os abusos fossem denunciados. “Ele desacreditava as vítimas publicamente na igreja, fazendo com que uma não confiasse na outra”, explicou uma das investigadoras.
Duas das vítimas são mãe e filha. A filha era menor de idade quando o pastor abriu sua blusa e tocou seus seios. A mãe já sofria abusos há anos. A família deixou a igreja após a filha relatar o ocorrido ao pai.
Justiça negou prisão preventiva de pastor em BH
O pastor foi indiciado seis vezes por estupro, cinco por violação sexual mediante fraude e duas por importunação sexual, somando pena potencial superior a 100 anos. A Polícia Civil pediu sua prisão preventiva durante as investigações, mas o pedido foi negado. O suspeito, interrogado por meio de seu advogado, alegou problemas de saúde e optou por permanecer em silêncio durante depoimento.
As delegadas acreditam que há mais vítimas que ainda não formalizaram denúncias. O caso segue em investigação no Departamento de Crimes contra a Criança e Adolescente da Polícia Civil.
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