A Polícia Federal, em conjunto com a Controladoria-Geral da União e com apoio do Ministério Público Federal e da Receita Federal, deflagrou nesta quarta-feira (17/9) a Operação Rejeito, que investiga uma organização criminosa acusada de crimes ambientais, corrupção e lavagem de dinheiro em Minas Gerais.
Segundo a Justiça Federal, que determinou as medidas, estão sendo cumpridos 79 mandados de busca e apreensão, 22 mandados de prisão preventiva, afastamento de servidores públicos, bloqueio de R$ 1,5 bilhão em ativos e suspensão das atividades de empresas ligadas ao esquema.
As investigações apontam que o grupo teria corrompido servidores de órgãos estaduais e federais de fiscalização ambiental e de mineração para obter licenças fraudulentas. Essas autorizações eram utilizadas para explorar minério de ferro em grande escala, inclusive em áreas tombadas e próximas a regiões de preservação, o que teria provocado impactos ambientais e risco de desastres.
O grupo também teria atuado para dificultar a ação de autoridades, monitorando agentes públicos e tentando impedir investigações. O dinheiro obtido era lavado por meio de diferentes mecanismos financeiros.
De acordo com a PF, as atividades ilegais já renderam ao menos R$ 1,5 bilhão em lucros, e projetos vinculados ao esquema poderiam alcançar valor superior a R$ 18 bilhões. Além disso, foram umpridos 20 dos 22 Mandados de Prisão. Destacando que há apenas um foragido que tinha dois mandados de prisão contra ele.
Os investigados podem responder por crimes ambientais, usurpação de bens da União, corrupção ativa e passiva, lavagem de dinheiro, organização criminosa e obstrução de investigações.