A Polícia Federal deflagrou, nesta sexta-feira (11), a Operação Shoah para apurar crimes de incitação ao ódio, preconceito contra judeus e apologia ao nazismo cometidos em ambiente virtual. A investigação teve início após uma denúncia feita pela Confederação Israelita do Brasil (CONIB), que alertou sobre conteúdos publicados por um perfil em uma rede social com teor antissemita.
A partir da análise do material e de técnicas de rastreamento digital, os investigadores identificaram um morador de Três Pontas, no Sul de Minas, como possível autor das postagens. Segundo a Polícia Federal, os conteúdos exaltavam o nazismo, faziam referências a grupos terroristas e continham mensagens defendendo o extermínio de judeus.
Durante a operação, dois mandados de busca e apreensão foram cumpridos em endereços ligados ao suspeito. O objetivo é reunir elementos que comprovem sua participação nos crimes e, eventualmente, identificar outros envolvidos.
Caso sejam confirmadas as acusações, o investigado poderá responder por preconceito racial com agravante por divulgação em redes sociais e por incitação pública à prática de crimes. As penas podem ultrapassar cinco anos de prisão. Até o momento, não foi informado se houve prisão durante a operação.