Na terça-feira (8), a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) revelou detalhes sobre uma operação que investiga um extenso roubo cibernético envolvendo uma agência bancaria em Belém, Pará. A estimativa é de que cerca de R$ 107 milhões tenham sido desviados, com valores sendo distribuídos em contas em dez estados diferentes do Brasil. Aproximadamente R$ 35 milhões foram alocados em 21 contas em Minas Gerais.
Na capital mineira, dois empresários, de 24 e 28 anos, tentaram realizar o saque de R$ 2,2 milhões em uma instituição financeira. Funcionários da agência, percebendo a irregularidade, chamaram a polícia, que prendeu os suspeitos em flagrante.
Os detidos tentaram justificar a transação apresentando um contrato de compra e venda de um imóvel, elaborado com o auxílio da inteligência artificial ChatGPT. Na última quinta-feira (3), a PCMG apreendeu R$ 1.564 em espécie, dois celulares e um veículo utilizado pelos indivíduos, além de bloquear cerca de R$ 2 milhões em contas bancárias.
As investigações apontam que os golpistas conseguiram invadir o sistema eletrônico do banco em Belém e coletar senhas de clientes, com a ajuda de um funcionário da instituição financeira, que também foi preso e atuava como gerente da agência. A Polícia Civil agora investiga a relação dos detidos em Belo Horizonte com o grupo responsável pelo ataque cibernético.