Na última segunda-feira (1), uma dentista de 42 anos teve seu carro arrombado e perdeu mais de R$ 30 mil em materiais odontológicos no bairro Serra, localizado na Região Centro-Sul de Belo Horizonte. Contudo, a profissional não se deixou desanimar e desempenhou um papel crucial na captura do ladrão, além de conseguir recuperar seus bens.
Após o incidente, a dentista, que já havia registrado um Boletim de Ocorrência, avistou seus produtos sendo anunciados para venda na internet. Determinada a reaver suas posses, ela decidiu se passar por uma compradora interessada, estabelecendo uma negociação com o criminoso e marcando um encontro.
Na tarde da terça-feira (2), ela acionou a equipe do Tático Móvel do 22º Batalhão, que se dirigiu ao local combinado, onde prenderam um homem de 35 anos que estava entregando parte dos materiais em uma motocicleta.
Graças às informações fornecidas pelo motoboy, os policiais conseguiram localizar a casa do suspeito, na área do Cafezal, recuperando a maior parte dos produtos furtados.
O indivíduo, identificado como Anderson Nascimento, de 26 anos, foi capturado e confessou o crime, já possuindo um histórico criminal por infrações semelhantes.
Após o furto, a vítima relatou sua experiência, mencionando que recebeu apoio em um grupo do Facebook para ajudar a localizar o ladrão. “Registrei o BO e postei no grupo dizendo que tinha sido furtada, pedindo que, se alguém visse os produtos a preços baixos, desconfiava que eram roubados. Alguém me passou o contato de um vendedor, e ao conversar, percebi que ele estava oferecendo os itens por um preço muito baixo, então envolvi a polícia, que foi fundamental na ajuda,” explicou.
Ela também contou que o criminoso justificou a venda dos produtos a preços reduzidos alegando que precisou trancar a faculdade de odontologia. “Ele disse que estava vendendo pela metade do preço porque teve que interromper os estudos devido à doença da avó,” revelou.
A Itatiaia entrevistou o motoboy que foi detido enquanto transportava os materiais. Ele negou qualquer envolvimento no crime, afirmando que estava apenas realizando entregas por meio de um aplicativo. O autor confesso também defendeu o entregador, alegando que ele não tinha ligação com o delito. “O cara não tem nada a ver com isso, ele é trabalhador. A responsabilidade é toda minha,” afirmou Anderson Nascimento.