Seis homens e quatro mulheres foram presos nesta quarta-feira (19), em BH, acusados de matar Douglas Rodrigues Antunes, de 26 anos, chefe da facção criminosa conhecida como ‘Sapolândia’, responsável pelo tráfico de drogas no bairro Serra Verde, em Venda Nova. Todos foram presos em uma operação chamada Escariotes, pois Douglas foi traído e morto por membros da própria gangue.
Os dez criminosos forjaram um ‘falso’ desaparecimento do traficante e chegaram a acionar a Polícia Civil, que o registrou na página de desaparecidas da corporação. O BH 24 Horas apurou que Jully Alves Rodrigues, presa na operação, foi responsável por pedir um boletim de ocorrência, que foi registrado no dia 23 de dezembro.
A mulher, procurou à reportagem no dia 27 para que fossem divulgadas informações que poderiam levá-lo a um possível paradeiro de Douglas. Porém, os investigadores da Polícia Civil desconfiaram da atitude dela e começaram as apurações, que descobriram um assassinato premeditado. O corpo dele não foi encontrado até o momento.
Homem foi morto em ‘emboscada’ na Grande BH
Segundo a Polícia Civil, o grupo teria se desentendido com o chefe da organização após um desacordo comercial. Durante um período em que o líder se afastou da venda de drogas para tratar uma crise renal, um dos comparsas teria assumido as operações e vendido mais entorpecentes que o chefe. O retorno do líder gerou conflitos internos, culminando em uma emboscada para assassiná-lo.
As investigações indicam que ele saiu de casa para se encontrar com os demais integrantes da gangue, mas foi surpreendido pelo grupo em uma emboscada. As detenções ocorreram em residências nos bairros Serra Verde e Minas Caixa, localizados nas regiões de Venda Nova e Pampulha. Durante os depoimentos, os presos permaneceram em silêncio e não informaram o paradeiro do corpo.
O delegado Alexandre da Fonseca revelou que, durante a investigação, a polícia teve acesso ao telefone da vítima, onde foram encontradas mensagens que mencionavam um corpo carbonizado em São José da Lapa, também na Grande BH. No entanto, após a localização do cadáver, constatou-se que não se tratava do traficante desaparecido. As investigações continuam em busca do corpo e de novas provas para esclarecer o caso.
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