A Justiça de Minas Gerais aceitou, nesta segunda-feira (19), a denúncia contra a delegada da Polícia Civil, Monah Zein. Ela ficou mais de 30 horas presa em sua residência, atirando contra policiais na porta do seu apartamento na Pampulha, em Belo Horizonte. Boa parte do crime foi filmado por ela através de uma “live” no Instagram.
O juiz Bruno Sena Carmona, do 1º Sumariante da comarca de Belo Horizonte, aceitou a denúncia. Ele manteve parcialmente as medidas cautelares solicitadas. Monah Zein recebeu autorização para continuar exercendo sua função pública como delegada de polícia, mas teve seu porte de arma suspenso. “A suspensão cautelar do direito da denunciada de portar arma de fogo é uma medida adequada e necessária, devido à dúvida razoável sobre a integridade de sua saúde mental”, afirmou o juiz no processo.
Monah Zein também está proibida de entrar em contato com as vítimas e testemunhas do caso ou de fazer postagens sobre o assunto nas redes sociais. Ela usou seu perfil no Instagram durante a operação em sua residência, em novembro de 2023, quando transmitiu ao vivo o episódio em que ficou mais de 30 horas trancada em casa. Monah costumava usar as redes sociais para publicar supostas denúncias contra a instituição da Polícia Civil.
Relembre o crime de delegada em BH
A denúncia indica que, “diante do estado de animosidade da denunciada, associado ao fato de estar na posse de uma arma de fogo”, foi necessário o empenho da Coordenadoria de Recursos Especiais da Polícia Civil (Core). Na parte da tarde, a delegada saiu do apartamento com uma arma de fogo em mãos, passou pelo hall do elevador, pela porta do tipo “corta-fogo” e entrou na sala onde estavam os policiais civis. Ela teria apontado a arma para os colegas e ameaçado atirar caso eles não se retirassem.
Após isso, um policial teria disparado com bala de borracha, mas sem acertar a delegada. Ela retornou para o apartamento e efetuou outros disparos em direção à equipe, também sem atingir ninguém. O Ministério Público solicitou que a delegada responda por quatro tentativas de homicídio qualificado, por serem cometidas contra agentes de segurança pública.
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