Carolina Arruda, uma jovem de 27 anos que mora em Bambuí, no Centro-Oeste de Minas, decidiu buscar por eutanásia após sofrer com a ‘pior dor do mundo’. A médica veterinária sofre de neuralgia do trigêmeo, desde 2017, e busca recursos para viajar para a Europa, pois o procedimento é ilegal no Brasil.
Carolina foi diagnosticada com neuralgia do trigêmeo bilateral, uma condição extremamente dolorosa que provoca choques elétricos intensos e agudos no rosto. A neuralgia do trigêmeo é uma alteração do nervo trigêmeo, responsável pela sensibilidade da face e dos dentes. Esta condição pode ser causada por compressão do nervo, seja devido a alterações vasculares na região ou por outras alterações, como tumores, lesões ou doenças infecciosas.
Após realizar quatro cirurgias – uma descompressão microvascular, uma rizotomia por balão e vários outros procedimentos – e continuar sofrendo com a dor persistente, Carolina decidiu buscar a eutanásia na Suíça. Para ajudar a cobrir os custos do procedimento, ela iniciou uma ‘vaquinha’ online.
A minha busca é pela paz e pelo alívio, diz mulher com pior dor do mundo
Carolina pediu compaixão àqueles que podem julgar sua decisão de buscar a eutanásia, destacando que sua jornada tem sido uma batalha constante contra a ‘pior dor do mundo’. Ela ressaltou que a eutanásia na Suíça é sua escolha após anos de sofrimento e esgotamento de todas as opções de tratamento.
“Eu já fiz 4 cirurgias, uma descompressão microvascular, uma rizotomia por balão e vários outros procedimentos, mas a dor persiste. Então eu tomei a difícil decisão de buscar a eutanásia na Suíça”, disse a jovem. “A pedido de muitos de vocês eu estou iniciado uma vaquinha online para arrecadar fundos necessários para este procedimento. Peço que a gente una forças pra tornar possível a minha busca pela paz e pelo alívio”, finaliza ela, mostrando o link da ‘vaquinha’ online.
É importante notar que, embora a eutanásia seja ilegal na Suíça, o país permite o suicídio assistido desde 1942, inclusive para estrangeiros⁷. No suicídio assistido, a pessoa tem acesso a uma substância letal, que é ingerida ou aplicada pelo próprio paciente.
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