O motorista do Porsche 911 Carrera, que se envolveu em um grave acidente na avenida Barão Homem de Melo, onde o veículo capotou várias vezes e colidiu com uma árvore, informou à Justiça que não possui recordações do incidente. Rodrigo Rodrigues Andrade Chiatti foi ouvido na última segunda-feira (7) pelo segundo juiz sumariante do Tribunal do Júri de Belo Horizonte. O trágico acidente, que ocorreu em 11 de dezembro de 2023, resultou na morte de Cayque Pelegrino Tavares, um dos passageiros, que foi ejetado do automóvel. Ambos os envolvidos tinham 32 anos na data do ocorrido.
De acordo com a denúncia do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), Rodrigo Chiatti estava dirigindo o Porsche em alta velocidade e sob efeito de álcool, perdendo o controle do carro e colidindo com um poste e uma árvore. Em seu depoimento, Rodrigo afirmou não se recordar dos eventos daquela noite.
Informações do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) revelam que o interrogatório realizado na segunda-feira (7) marcou o encerramento da fase de instrução do processo. O promotor de Justiça Luciano Sotero Santiago solicitou ao juiz Roberto Oliveira Araújo Silva a revogação da medida de monitoramento eletrônico, mantendo, porém, as demais restrições. O juiz deu um prazo de cinco dias para que o Ministério Público e a defesa apresentem suas alegações finais antes de decidir sobre a pronúncia do réu.
Além disso, Rodrigo deverá comparecer à Justiça a cada dois meses, não pode deixar a comarca por mais de sete dias sem autorização e precisa manter seu endereço atualizado para comunicações referentes ao processo. No dia do acidente, o velocímetro do veículo estava marcado em 250 quilômetros por hora, e os destroços do carro se espalharam pela avenida.
O Boletim de Ocorrência (BO) relata que o motorista apresentava sinais de embriaguez, como fala desconexa, dificuldade para se manter em pé, hálito alcoólico e olhos vermelhos. Suspeita-se que Rodrigo e Cayque retornavam de uma festa. O BO também menciona que Rodrigo se recusou a realizar o teste do bafômetro e estava com a carteira de habilitação cassada. Ele sofreu ferimentos no braço e, ao ser questionado pela polícia, não conseguiu explicar o que havia acontecido, alegando que estava sendo perseguido por algumas pessoas, embora o documento não forneça mais detalhes sobre essa suposta perseguição.