A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) suspendeu o registro de Raul Rodrigues Costa Lages, acusado de matar a advogada Carolina Magalhães, em junho de 2022, em BH. Carolina morreu após cair do oitavo andar de um prédio, e a suspeita é de que Raul, então namorado da vítima, a tenha empurrado.
Em nota divulgada na manhã desta quarta-feira (18), a OAB informou que a decisão foi tomada pela Turma do Tribunal de Ética e Disciplina. Segundo a entidade, a suspensão foi motivada pelo reconhecimento de que os graves fatos atribuídos a Raul causaram “evidente repercussão prejudicial à dignidade da advocacia”.
“A Ordem dos Advogados do Brasil – Seção Minas Gerais informa que suspendeu preventivamente o advogado Raul Rodrigues Costa Lages, OAB-MG nº 168.794, em virtude do reconhecimento de que os graves fatos a ele atribuídos causaram evidente repercussão prejudicial à dignidade da advocacia. A suspensão preventiva foi imposta pela 3ª Turma do Tribunal de Ética e Disciplina e o respectivo processo disciplinar segue em tramitação sigilosa por imposição legal”, afirmou a instituição.
Relembre crime em BH
O crime ocorreu em 8 de junho de 2022, quando Carolina caiu do oitavo andar de um prédio no bairro São Bento, na capital. Segundo a denúncia, Lages teria agredido a namorada e, em seguida, jogado-a pela janela enquanto ela estava desacordada. As investigações concluíram que Carolina não apresentava sinais de defesa, reforçando a tese de que não estava consciente no momento do crime.
O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) sustenta que o assassinato foi motivado por um sentimento de posse de Raul em relação à namorada e por seu inconformismo diante da possibilidade de término do relacionamento. Inicialmente, o caso foi tratado como um possível suicídio, mas as investigações da Polícia Civil apontaram indícios contundentes contra o advogado, que passou a ser considerado o principal suspeito. Ele responde ao processo em liberdade.
Conforme apurado pela Polícia Civil, Raul Lages possuía histórico de agressões físicas e psicológicas contra a vítima, além de atitudes destinadas a desqualificá-la e desmoralizá-la.
O Tribunal de Justiça de Minas Gerais aceitou a denúncia do Ministério Público, e o advogado se tornou réu em novembro de 2024, dois anos após o assassinato. A data do julgamento ainda não foi definida.
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