A Polícia Civil desencadeou a segunda fase da Operação Blot nesta terça-feira (23), em BH, quatro cidades do interior de Minas e em Cuiabá, no Mato Grosso. As investigações apuram uma facção criminosa envolvida em lavagem de dinheiro, tráfico interestadual de drogas, roubos, falsificação de documento público, violação de sigilo , entre outros.
Após a análise do material arrecadado na primeira etapa da ação policial, realizada na em março deste ano, foram realizadas novas medidas assecuratórias, oitivas, representações e trabalhos conclusivos que motivaram o Poder Judiciário da comarca de BH a conceder a apreensão de mais 21 veículos de luxo (entre caminhões e veículos de carga) e de duas lanchas, sendo uma delas localizada em uma marina na cidade de Balneário Camboriú, Santa Catarina. A embarcação está avaliada em mais de um milhão.
Também foram determinados a penhora judicial de 24 imóveis e o bloqueio de 62 contas bancárias de pessoas físicas e jurídicas.
Ainda nessa fase da operação, a PCMG prendeu em Curitiba, no último dia 15, um homem de 36 anos, apontado como um dos principais responsáveis pelo esquema de lavagem de dinheiro, por meio da criação de empresas.
Facção criminosa é alvo de operação em BH e Minas
O principal alvo da operação é uma organização criminosa com atuação em âmbito nacional, com foco em lideranças atuantes nos estados de Minas Gerais e Mato Grosso. O objetivo da PCMG é atingir o poder e a mobilidade financeira desse grupo, a fim de reduzir sua capacidade de influência e, dessa forma, impedir a retroalimentação dos ciclos criminosos.
A organização criminosa alvo da operação já contabiliza um prejuízo superior a R$ 623 milhões com as ações de combate articuladas pela Polícia Civil.
Além dos crimes investigados, a equipe da 2ª Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco), do Departamento Estadual de Operações Especiais (Deoesp), apura a remessa de drogas no âmbito interestadual. A PCMG está compartilhando informações com a Polícia Federal visando à identificação de cargas encaminhadas também para outros países, como Camarões e Hong Kong.
Investigações
Conforme apurado, pessoas ligadas ao grupo criminoso teriam lavado milhões de reais em benefício de integrantes da organização, que utilizava empresas de fachada, em ramos diversos, como distribuidoras de bebidas, postos de combustível, empresas de cobrança, além de automóveis, imóveis e um sistema conhecido por “contas de trânsito”.
Durante levantamentos, a PCMG realizou um mapeamento das apreensões de fuzis na Região Metropolitana de BH, que coincide com os locais de domínio dos integrantes da facção criminosa. Diversas cargas de drogas – entre cocaína, maconha e haxixe – foram identificadas e, aparentemente, estão associadas à organização.
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