Uma dívida de R$ 1.700 pode ter sido a causa de um crime brutal que resultou na morte de três membros de uma mesma família em Ribeirão das Neves, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. O incidente ocorreu em 28 de março de 2021 e envolveu a execução do homem de 52 anos, sua esposa de 53 anos e o filho do casal, de 20 anos. A violência do ato chocou a comunidade local e deixou um rastro de insegurança.
O principal suspeito do triplo homicídio, um homem de 31 anos, foi preso preventivamente no último sábado (17) em uma operação da Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG). A prisão se deu no bairro Vila Pinho, na região do Barreiro, em Belo Horizonte. De acordo com a investigação, o crime aconteceu quando as vítimas estavam em sua casa, no bairro Céu Anil, em Ribeirão das Neves, onde foram assassinadas a tiros.
A dívida de R$ 1.700, relacionada à compra de maquinário para padaria, parece ter sido o estopim para o crime. O investigado havia contraído essa dívida com a vítima de 52 anos, e, aparentemente, o desentendimento financeiro escalou para a tragédia. A relação entre o suspeito e a família da vítima era marcada por tensões, e o crime refletiu o agravamento dessas disputas.
As investigações, conduzidas pela PCMG, foram concluídas em 3 de junho de 2022. Inicialmente, o réu foi liberado e continuou a responder ao processo em liberdade. No entanto, a situação mudou drasticamente quando começaram a surgir ameaças graves contra testemunhas do caso. Em resposta a essas ameaças, a Delegacia Especializada de Homicídios de Ribeirão das Neves solicitou novamente a prisão preventiva do investigado. A Justiça atendeu ao pedido, e o mandado de prisão foi expedido.
Além do desfecho do caso, descobriu-se que o suspeito havia estabelecido uma padaria na mesma região onde morava, após os crimes. Esse detalhe adiciona uma camada de complexidade ao caso, pois mostra como o investigado tentou recomeçar sua vida na mesma comunidade onde havia cometido um crime tão horrendo.
O caso continua a ser um lembrete sombrio das consequências devastadoras de desentendimentos financeiros e das falhas em garantir a segurança das testemunhas e das vítimas em processos judiciais. As autoridades permanecem vigilantes para garantir que a justiça seja feita e que todos os envolvidos sejam responsabilizados por seus atos.