Com uma taxa de 234,93 furtos por 100 mil habitantes, Divinópolis, na região Centro-Oeste do estado, teve 584 ocorrências no último ano. Embora ocupe a terceira posição no ranking estadual, a cidade enfrenta desafios significativos relacionados à segurança veicular.
Segundo o Jornal O Tempo, a cidade de Belo Horizonte lidera o número de furtos de veículos em Minas Gerais, com 9.188 casos em 2023, média de 25 por dia. O município é responsável por quase 39% das 23.571 ocorrências do crime registradas em todo o Estado no ano passado. Com uma população de 2.392.678 pessoas, de acordo com o último Censo do IBGE, em 2022, a taxa de furtos de veículos na capital é de 384 casos por 100 mil habitantes. Isso coloca BH no topo do ranking mineiro não só em números absolutos, mas também quando se compara a quantidade de furtos ao índice de habitantes.
Na sequência, está Contagem, na região metropolitana, com 303,92 furtos por 100 mil pessoas. O município, que conta com 615.621 pessoas, teve 1.871 veículos furtados em 2023, média de cinco por dia. Na terceira posição, com uma taxa de 234,93, está Divinópolis, na região Centro-Oeste do Estado, com 584 furtos no último ano.
Uma das alternativas para reduzir o furto de veículos é a Lei do Desmonte (12.977/2014), que tem como objetivo disciplinar a atividade de desmontagem de veículos terrestres. Desde que a legislação foi regulamentada em Minas, em 2016, já houve redução de 31% no índice de furtos – de 34.265, em 2016, para 23.675 em 2019 (antes da pandemia), uma redução de 31%.
De acordo com Jorge Tassi, apesar da alta nos dois últimos anos, o número de furtos deve cair. “A frota de veículos está se renovando, com sistemas de proteção mais avançados. Hoje, os furtos são mais de carros de até 2016”, disse.
Estudo da Minuto Seguros apontou que, em janeiro deste ano, o valor dos seguros dos carros mais vendidos no Brasil ficou até 8,9% mais caro em todo o país, em relação ao ano anterior. Coordenador do site Mercado Mineiro, o economista Feliciano Abreu apontou que os números de furtos e roubos interferem diretamente no valor dos seguros. “Quando as empresas percebem que um tipo de carro é mais visado pelos criminosos, a cobertura desse veículo também tende a aumentar”, afirmou.
Apesar do aumento, Feliciano Abreu alerta sobre a importância de contratar o serviço. “Muitas pessoas acabam se afastando por conta do preço, mas é extremamente recomendado que se faça o seguro de veículo. Muitas vezes a vítima tem o carro furtado, nem terminou de pagar as parcelas e precisa se endividar novamente para comprar um novo. Costumo dizer que o seguro é um mal necessário”, concluiu.
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