O médico de 37 anos acusado de cometer diversos crimes sexuais contra pacientes em Minas Gerais, tem passagens pela polícia por outros crimes. De acordo com o Portal R7, Jânio Cândido Rosa Júnior já foi condenado por dois furtos qualificados. Os delitos foram cometidos em março de 2012, quando ele era soldado do Corpo de Bombeiros de Minas Gerais.
Segundo o Corpo de Bombeiros, os crimes constam no procedimento administrativo que terminou com a exoneração de Rosa Júnior do cargo, em 2014. Os delitos ocorreram antes do médico se formar em medicina, em uma universidade particular do interior de São Paulo.
Os furtos foram julgados pelo Tribunal de Justiça Militar de Minas Gerais. Conforme o R7, os documentos indicaram que as vítimas foram outros dois bombeiros que trabalhavam com o médico na 2ª Companhia do Corpo de Bombeiros de Passos, no sul do estado. De acordo com a denúncia, Rosa Júnior abriu os pertences dos colegas, pegou os cartões bancários deles e os repassou ao seu então namorado. Após ter feito saques de R$500 e R$300 reais, ele teria devolvido os cartões ao bombeiro.
O acusado teria recorrido à condenação e o então namorado dele chegou a assumir responsabilidade pelo ato. Decisões tanto do TJMMG e do STJ (Superior Tribunal de Justiça) negaram os recursos e questionaram as versões apresentadas por eles.
Uma testemunha relatou no processo que viu Rosa Júnior e o namorado conversando em frente ao batalhão, duas vezes, na noite de um dos furtos. Os encontros teriam acontecido em um intervalo de aproximadamente uma hora. O primeiro teria sido antes de ocorrer o saque bancário e o segundo após a retirada do dinheiro. A pena imposta foi de dois anos e quatro meses de reclusão, em regime aberto, substituída por pena privativa de direitos.
A acusação mais recente contra Jânio Cândido Rosa Júnior foi registrada na última sexta-feira (12). A vítima é um jovem de 22 anos, morador de Santa Luzia, na região metropolitana de Belo Horizonte.
O homem relatou à PM (Polícia Militar) que foi abusado pelo ex-bombeiro e agora médico durante uma consulta na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) da cidade. O profissional teria apalpado os órgãos genitais dele enquanto aplicava uma suposta pomada para dores nas pernas.
Após a divulgação do caso, o R7 revelou que Rosa Júnior foi acusado como autor de crimes sexuais contra pacientes de ao menos outras quatro cidades mineiras. São elas: Divinópolis, São Sebastião do Oeste, Nova Serrana e Carmo do Cajuru, todas do centro-oeste do estado. Ele chegou a ficar preso em Nova Serrana, entre outubro e dezembro de 2023, onde foi indiciado pela Polícia Civil por assediar ao menos três homens nos hospitais.
Após ser confrontado pelo paciente de Santa Luzia, o médico fugiu antes da chegada da Polícia Militar, deixando até o próprio carro para trás. Ele foi demitido após o caso. Segundo o CNJ (Conselho Nacional de Justiça), há um mandado de prisão em aberto contra Jânio Cândido Rosa Júnior desde janeiro de 2024.
A redação entrou em contato com a defesa do acusado e afirmou não irá se pronunciar no momento.
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