A sétima região da Polícia Militar, sediada em Divinópolis, fez parte das homenagens que marcaram os momentos finais do enterro do sargento Roger Dias da Cunha, de 29 anos. O militar foi sepultado no fim da tarde desta terça-feira (9), em Belo Horizonte, mesmo a distância os militares se uniram pelo sentimento de homenagem e protesto. Ele foi morto na última sexta-feira (5), durante uma perseguição policial.
Na avaliação do comandante-geral da Polícia Militar de Minas Gerais, Rodrigo Piassi Nascimento, os tiros que vitimaram o sargento Dias atingiram toda a corporação. “Existe uma multidão neste cemitério de policiais e bombeiros lamentando a morte do sargento Dias. Mas podem ter certeza: recuar, a gente não vai”, garantiu.
Além da comoção e da saudade do sargento Roger Dias, a revolta em relação à famosa “saidinha” – benefício que permite a presos em regime semiaberto saírem da cadeia em algumas ocasiões – foi outro sentimento presente na despedida do sargento Roger Dias da Cunha. Faixas de protesto contra o benefício foram dependuradas ao lado do local onde ocorreu o velório. O suspeito de matar o PM com dois tiros à queima-roupa na cabeça recebeu o benefício e não retornou à prisão no prazo estipulado.
O sargento Dias foi atingido por disparos à queima-roupa na noite de sexta, quando guarnições do 13º Batalhão perseguiam dois suspeitos na Avenida Risoleta Neves. Em dado momento, o motorista teria perdido o controle da direção e batido contra um poste. Após o acidente, os suspeitos desceram do carro e continuaram a fuga a pé.
Um deles foi alcançado por um sargento. Imagens de câmeras de segurança mostram o momento em que o militar se aproxima do suspeito e dá a ordem de parada, mas é surpreendido pelo criminoso, que saca uma arma e atira à queima-roupa contra o policial.
A Justiça decidiu por manter presos os dois homens suspeitos, o atirador de 25 anos e um comparsa dele, de 33, tiveram a prisão em flagrante convertida para preventiva em audiência de custódia neste domingo (7).