Imagens de segurança mostram o empresário Renê Júnior, de 47 anos, mantendo atividades do cotidiano horas após matar o gari Laudemir de Souza Fernandes em BH, na última segunda-feira (11). Os vídeos, incluídos no inquérito da Polícia Civil, revelam o homem no trabalho, em casa e passeando com cachorros.
As gravações exibem Renê na sede de sua empresa em Betim por volta das 10h30, onde cumprimentou colegas. Duas horas depois, estacionou no prédio onde mora e guardou a arma do crime numa mochila. Minutos após, ainda com a mesma roupa usada na prisão (camisa branca e shorts azuis), saiu para passear com os animais enquanto conversava ao celular.
O empresário responde por homicídio duplamente qualificado (motivo fútil e uso de recurso que impediu defesa), porte ilegal de arma e ameaça à motorista do caminhão de lixo.
A Corregedoria da Polícia Civil recebeu também a arma da delegada Ana Paula Lamego Balbino – identificada como esposa do acusado – para verificar possível relação com o crime. A perícia ainda apura se a arma usada contra o gari pertence ao acervo policial.
O que se sabe sobre o empresário que matou gari em BH?
Na última segunda-feira (11), Renê saía da sua casa em Nova Lima para o trabalho, em Betim. No bairro Vista Alegre, na capital, ele se envolveu em uma briga de trânsito com Laudemir, que “estaria atrapalhando a passagem”. Antes de atirar no gari, ele ameaçou disparar na motorista do caminhão de limpeza urbana. Uma câmera de segurança mostra o carro do empresário chegando no local, além do trabalhador ferido após o tiro.
Na última quarta-feira (13), ele foi transferido do Ceresp Gameleira, em BH, para o presídio de Caeté, na região metropolitana. Ele divide cela com Matteos França Campos, de 32 anos, acusado de matar a mãe, a professora Soraya Tatiana Bonfim França, em julho, após uma discussão sobre dívida de jogo. A transferência ocorreu após ambos temerem retaliação de outros detentos por conta da repercussão dos crimes.
Na última quinta (14), a Justiça autorizou o acesso às comunicações digitais e dados do veículo. A decisão da 1ª Vara Criminal obriga a BYD a fornecer o trajeto percorrido pelo carro do empresário no dia do crime (11/8) e permite à Polícia Civil examinar todas as mensagens (WhatsApp, e-mail e outros apps) de seu celular.
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