O feriado de 15 de novembro celebra um dos marcos mais importantes da história brasileira: a Proclamação da República, ocorrida em 1889.
Esse evento encerrou a monarquia, liderada pelo imperador Dom Pedro II, e deu início ao regime republicano, alterando a estrutura política do país.
A insatisfação de setores do exército, da elite agrária e republicanos, além da crise na monarquia, motivou o movimento. O descontentamento era impulsionado pelo centralismo do poder imperial, falta de participação política e a recente abolição da escravatura, que enfraqueceu o apoio da aristocracia ao imperador.
Em 15 de novembro de 1889, no Rio de Janeiro, o marechal Deodoro da Fonseca, até então um monarquista, liderou um levante militar que derrubou o governo. Sem resistência, Dom Pedro II foi deposto e exilado na Europa. Assim, Deodoro se tornou o primeiro presidente provisório do Brasil, inaugurando a Primeira República (ou República Velha), marcada por mudanças políticas, econômicas e sociais.
A Primeira República
A nova fase buscava modernizar o Brasil, mas a transição foi complexa. Embora a monarquia tivesse sido derrubada, o poder continuou concentrado nas mãos das elites regionais, especialmente dos cafeicultores de São Paulo e Minas Gerais, no que ficou conhecido como Política do Café com Leite. Além disso, o novo regime enfrentou revoltas sociais, como a Revolução de Canudos (1896-1897), e questões econômicas para estabilizar o país.
Curiosidade
Embora Deodoro da Fonseca tenha liderado a proclamação, ele inicialmente relutava em romper com a monarquia. Sua decisão foi impulsionada pela pressão de militares e políticos, e, ironicamente, ele acabou enfrentando desafios internos durante sua presidência, renunciando em 1891, dando lugar ao seu vice, Floriano Peixoto.
O feriado de 15 de novembro é, portanto, mais que uma comemoração da troca de regime — é um momento de reflexão sobre as mudanças e desafios que moldaram o Brasil moderno.