A inflação em Belo Horizonte recuou no mês de fevereiro, interrompendo uma sequência de cinco meses de altas consecutivas, segundo dados do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) divulgados nesta terça-feira (11) pelo Instituto de Pesquisas Econômicas, Administrativas e Contábeis (Ipead), da UFMG.
A ligeira redução de 0,05% foi impulsionada principalmente pela queda nos preços de alimentos consumidos em casa e produtos de elaboração primária, como grãos e carnes, contribuindo para a estabilização do valor da cesta básica na capital mineira.
Outros grupos que apresentaram redução incluem saúde e cuidados pessoais, além de itens administrados como transporte, comunicação, energia elétrica e combustíveis. “Não foi um único setor, mas uma combinação de fatores que freou a inflação”, explicou o economista Diogo Santos, do Ipead.
A última queda no IPCA havia ocorrido em agosto de 2024. Diogo destacou que medidas recentes, como o corte de impostos para nove alimentos importados (como carnes e azeite) e o aumento da taxa básica de juros (Selic), podem influenciar os preços nos próximos meses, mas ainda é cedo para avaliar seu impacto real. “A eficácia dessas políticas só será clara com o tempo”, afirmou.
O custo de vida do belo-horizontino desacelerou em relação a fevereiro de 2024, quando registrou alta de 0,24%. No acumulado de 2025, o IPCA em Belo Horizonte apresentou alta de 2,23%. Nos últimos 12 meses, o índice subiu 7,38%.
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