O deputado federal Euclydes Pettersen (Republicanos-MG) é um dos alvos da nova etapa da Operação Sem Desconto, que investiga um esquema de descontos irregulares em aposentadorias e pensões do INSS. Nesta fase deflagrada nesta quinta-feira (13), a Polícia Federal e a Controladoria-Geral da União cumpriu 63 mandados de busca e apreensão e 10 ordens de prisão em 15 estados.
O parlamentar, que é presidente estadual do Republicanos, é investigado pela venda de um avião a uma entidade suspeita de participar das fraudes, e o deputado estadual maranhense Edson Cunha de Araújo, que presidiu entidade de pescadores envolvida nos descontos não autorizados.
Em nota, Euclydes disse que nunca teve qualquer vínculo com o INSS, dirigentes ou decisões administrativas da instituição. Ele destacou que foi absolvido de uma investigação e que apoia o trabalho das autoridades.
“Já fui alvo de duas operações: em uma delas, fui absolvido, e na outra, o Judiciário sequer recebeu a denúncia, por falta de provas que comprovassem qualquer prática criminosa. Deixo claro que apoio integralmente o trabalho das autoridades competentes e me coloco à inteira disposição para prestar todos os esclarecimentos necessários. Acredito na justiça, na verdade e na importância das investigações sérias, conduzidas dentro da legalidade e com total transparência. Para alguns, um fim, e para outros, uma libertação”, concluiu.
Ex-presidente do INSS preso em operação
A operação levou à prisão de Alessandro Stefanutto, que comandou o INSS entre julho de 2023 e o início deste ano, sob suspeita de permitir as irregularidades durante sua gestão. Também foi imposta tornozeleira eletrônica ao ex-ministro José Carlos Oliveira, presidente do instituto no governo anterior.
Outros detidos incluem três representantes da Confederação Nacional de Agricultores Familiares e Empreendedores Familiares Rurais e o presidente do Instituto Terra e Trabalho. O lobista Antônio Camilo, conhecido como “Careca do INSS”, já preso desde setembro, teve novo mandado cumprido contra si.
As investigações apuram crimes de inserção de dados falsos em sistemas oficiais, organização criminosa, estelionato previdenciário, corrupção e ocultação patrimonial. A ação foi autorizada pelo ministro do STF André Mendonça.
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