O Governo Federal confirmou nesta quarta-feira (16) que o Brasil não adotará o horário de verão na temporada 2024/2025. A decisão foi anunciada em coletiva de imprensa pelo Ministério de Minas e Energia.
A discussão sobre o retorno do horário de verão começou há cerca de um mês, após um longo período de estiagem em quase todas as regiões do país, incluindo a Amazônia.
De acordo com o ministro Alexandre Silveira, “não há necessidade” de adotar a política neste momento. No entanto, a decisão pode ser revista em 2025, se necessário.
“Na última reunião, tanto por videoconferência quanto presencial, concluímos que não é necessário decretar o horário de verão. Atualmente, temos segurança energética assegurada e estamos iniciando um processo de restabelecimento, ainda que modesto. Após o verão, poderemos avaliar a possibilidade de voltar a essa política em 2025. Quero destacar que defendo a importância do horário de verão; ele deve ser avaliado de forma cuidadosa, considerando seus reflexos positivos e negativos no setor elétrico e na economia. É fundamental que essa política seja discutida com base em dados concretos e não apenas em questões políticas”, afirmou Alexandre.
História do horário de verão no Brasil
O horário de verão no Brasil foi adotado pela primeira vez em 1 de outubro de 1931 e foi válido para todo o território nacional. As mudanças passaram a ser adotadas anualmente desde 1985, mas restrito a estados das regiões Sudeste, Sul e Centro-Oeste, onde vigorou até 2018. Os relógios eram adiantados em uma hora no último domingo de outubro e atrasados em uma hora no fim de fevereiro.
Em alguns anos, o horário foi aplicado nos estados de Bahia, Tocantins e Pernambuco, mas não durou por muito tempo.
Os relógios deixaram de ser ajustados em uma hora durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), em 2019. Na época, a decisão foi baseada em estudos que não apontaram grande diferença na economia de energia.
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