O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, confirmou neste sábado (25) que se reunirá com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva na Malásia. A informação foi divulgada a jornalistas durante a Cúpula da Associação das Nações do Sudeste Asiático, com o encontro marcado para domingo em um evento paralelo ao fórum internacional.
De acordo com o Governo Federal, a expectativa é de que a reunião seja realizada neste domingo (26).
Trump afirmou que a redução das tarifas de importação para produtos brasileiros depende de “circunstâncias corretas”. Lula, por sua vez, disse estar aberto a negociar uma solução para as tarifas de 50% impostas por Washington. “Espero que o encontro aconteça. Vim com a disposição de que a gente possa encontrar uma solução“, declarou Lula a jornalistas antes de participar de uma cerimônia na Universidade Nacional da Malásia.
O presidente brasileiro negou que o norte-americano tenha apresentado qualquer exigência prévia para a conversa. “Não tem exigência dele e não tem exigência minha ainda. Vamos colocar tudo na mesa e buscar uma solução“, explicou.
A expectativa é que os dois discutam não apenas as tarifas, mas também as sanções aplicadas a autoridades brasileiras, como ministros do Supremo Tribunal Federal e servidores públicos ligados ao programa Mais Médicos.
MG é o estado mais afetado por tarifaço de Trump, que Lula quer ‘reverter’
Minas Gerais é o estado que registrou a maior queda no valor das exportações brasileiras para os Estados Unidos durante o mês de setembro, segundo análise da Fundação Getúlio Vargas. O estado sofreu uma redução de US$ 236 milhões – o que equivale a aproximadamente R$ 1,2 bilhão – em suas vendas para o mercado norte-americano. A queda de 50,5% em relação ao mesmo período do ano anterior.
Os números refletem os efeitos das tarifas impostas pelo governo norte-americano em agosto, que passaram a taxar alguns produtos brasileiros em 50%. O mês de setembro foi o primeiro mês completo sob a nova política comercial e já revelou o tamanho do impacto.
De acordo com o estudo, Minas foi particularmente afetada porque mesmo produtos que permaneceram isentos de tarifas tiveram queda nas vendas. É o caso do ferro fundido bruto, que registrou redução de 58,3% apesar de não ser tributado. Já o café não torrado, agora taxado, recuou 22,6% em suas exportações.
No ranking de perdas, Minas Gerais aparece à frente de Santa Catarina (US$ 95,9 milhões), São Paulo (US$ 94 milhões), Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro (ambos com US$ 88,8 milhões) e Paraná (US$ 82,4 milhões).
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